Tradições de Natal à volta do Mundo

No site TLC, com uma forte vertente educacional, encontrei um apanhado de tradições natalícias em vários pontos do planeta. As tradições variam, e muito, de país para país. Continuo a achar que os espanhóis é que sabem... É que os nossos nossos vizinhos fazem a troca de prendas já depois dos saldos terem começado. Isso é que é.

Como dormir num aeroporto

O site www.sleepinginairports.net contém dicas preciosas para as vítimas de atrasos de voos, de tempestades ou até mesmo para aqueles que querem poupar uns trocos e não se importam de improvisar uma caminha num banco qualquer. Comentários de pessoas de todo o mundo ajudam a perceber quais são os melhores e os piores aeroportos do mundo para dormir. O site oferece ainda uma secção de dicas, outra de aventuras passadas em aeroportos, secção sobre lounges e um blog. Em tempo de crise, e numa altura em que o caos está instalado devido ao mau tempo na Europa, vale a pena dar uma espreitadela.

Fortaleza de S. Filipe (séc. XVI)

A visita à Cidade Velha de Santiago terminou com a ida à  Fortaleza de S. Filipe,  construída no reinado de Filipe II de Espanha, Filipe I de Portugal,  115 metros acima do nível do mar, para defender a cidade dos constantes ataques de piratas e corsários. Francis Drake atacou a cidade duas vezes.

As muralhas da fortaleza ocupam uma extensão de seis mil metros quadrados.



A cisterna da fortaleza

A vista do topo da fortaleza é deslumbrante, apanhando tanto a cidade, de um dos lados, como um desfiladeiro, de outro lado.


Algumas das fotos não estão grande coisa porque foram tiradas contra o sol...

A Pousada do Siza Vieira fica ali em baixo junto ao leito da Ribeira.

A Pousada de S. Pedro, reconstruída pelo Arq.º Siza Vieira


A Pousada Nacional de S. Pedro consiste num conjunto de casas antigas restauradas pelo Arq.º Siza Vieira. Fica a poucos metros do centro da Cidade Velha de Santiago, em pleno vale, rodeada de árvores de mangas e de papaias. Uma das formas de lá chegar é caminhar durante uns 5 minutos pelas pedras da Ribeira, que só tem água quando chove muito. São casas de pedra de linhas muito simples, com quartos espaçosos e acolhedores, mas sem televisão, nem Wi-Fi. Mostraram-me os quartos e a sala de refeições e consegui imaginar-me a passar aqui duas ou três noites. "Back to basic" é o conceito de quem para aqui vem descansar num cenário tropical de grande tranquilidade, podendo escolher um quarto individul ou um duplo onde se podem colocar camas extra. Aceitam-se crianças e servem-se pequenos-almoços, almoços e jantares. Um quarto duplo com pequeno-almoço ronda os 50 euros.
Organizam-se circuitos pedestres para conhecer a Cidade Velha e arranjam-se guias privados.
Algumas casas ainda têm o telhado original feito com palha de cana de açúcar, mas devido à dificuldade em encontrar esta palha, que as pesssoas costumam dar aos animais como alimento, utilizaram-se também as telhas. Para saber mais sobre esta Pousada vejam este pequeno vídeo onde aparece Siza Vieira à conversa com os locais, discutindo pormenores sobre a obra de recuperação de algumas destas casas.


Onde almoçar na Cidade Velha de Santiago

Foi no Café Central, na praça do Pelourinho da Cidade Velha de Santiago, que fomos almoçar a cachupa rica da Alita, a dona do restaurante que já tem cozinhado este prato em vários países. É que vir a Cabo-Verde e não saborear este prato típico é como ir a Paris sem olhar para a Torre Eiffel.



A cachupa rica leva feijão-pedra, favona, milho, carne de porco e enchidos.

Outra hipótese de restaurante é o "Nós Origem", recomendado pelo nosso amigo que trabalha nesta cidade, mas estava fechado. O espaço parece ser bem giro já que se trata de uma casa bem antiga e tem um pátio com esplanada.

Visita a um "trapicho"

Enquanto passeávamos com o Txicósa pela Cidade Velha de Santiago, passámos por vários engenhos, também conhecidos por "trapichos". Ao passar num deles, e porque havia um perfume intenso e adocicado no ar, mostrámos alguma curiosidade em ver como se fazia o grogue e como todos se conhecem nesta pequena cidade, acabámos à conversa com o Sr. Fausto, o dono do engenho. Explicou-nos todo o processo do grogue e deu-nos a provar a potente bebida. Acabámos por lhe comprar um litro e meio por cerca de 5 euros (nas lojas, um litro custa o dobro) que veio  depois connosco para Portugal dentro da mala, numa garrafa de água, junto com as papaias, as bonecas típicas e os colares com dente de tubarão.

É claro que o simpático  Sr. Fausto nos deu a provar o seu grogue numa casca de
coco por onde todos passavam a boca. Mas o grogue desinfecta tudo.

Com um termómetro, o Sr. Fausto avalia se o caldo já está no ponto.
Há mais de 40 anos que o Sr. Fausto anda nisto. E raramente bebe.
O caldo de cana-de-açucar fica aqui a fermentar neste bidons durante 6 -7 dias.
Ao fim destes dias, garanto-vos que parece estar vivo! Mexe-se sózinho
e emite ruídos espumosos. Depois está pronto a ir para o alambique
e de lá sai tão cristalino que parece água.
Foi aqui, no bar Penedinho, junto ao mar, que comprámos o grogue do Sr. Fausto.
Se lá forem, já sabem como fazer.

O nosso passeio com o Txicósa


Conhecer a Cidade Velha é conhecer o berço da cultura crioula. Esta cidade, fundada em 1462 a mando do InfanteD. Henrique, foi a primeira cidade europeia a ser construída abaixo da linha do Equador e a primiera capital de Cabo Verde, teve um papel de grande relevo no comércio marítimo internacional, fazendo placa de uma placa giratória entre três continentes: Europa, Américas e Ásia. Foi um importante posto de aprovisonamento de barcos, entreposto de escravos e estação de experimentação de plantas e animais. Por aqui passou o inhame, a batata doce e o milho, vindo das Américas para o continente africano, e os coqueiros que vindos da Ásia se adaptaram depois tão bem à América do Sul..
Por aqui passou Vasco da Gama em 1497 a caminho da Índia e  Vasco da Gama, em 1498, na sua terceira viagem para as Américas.

A praça central da cidade é a praça do Pelourinho, o símbolo da justiça real numa cidade
onde o comércio de escravos foi tão próspero.
A Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, também localizada
na praça do Pelourinho.
O mar fica logo ao lado das esplanadas que se veêm ao fundo.

A primeira coisa que fiz quando chgeuei à cidade foi beber uma cerveja bem fresca
no bar do Pelourinho. Estava muito calor, mais de 30 graus seguramente.

A praia está cheia de pedras mas existe uma pequena aberta de areia onde dá para
estender a toalha e entrar no mar. Se soubesse, tinha levado o fato de banho...

Na praça central há vários vendedores de artesanato e uma loja só com artigos
da zona que nos foi recomendada, mas esteve fechada o dia todo...
Torre da Igreja-Hospital da Misericórdia (séc. XVI), restaurada com o
financiamento da Agência Espanhola de Cooperação Internacional
para o Desenvolvimento

A cidade chegou a contar com 24 igrejas, capelas e ermidas e até mesmo a primeira Sé criada em África, a ser recuperada pelo Arq.º Siza Vieira. A maior parte dos restauros feitos em monumentos foram financiados pelo governo espanhol uma vez que esta cidade existiu no tempo de Filipe II de Espanha, Filipe I de Portugal. E nós, portugueses, não temos feito quase nada para ajudar a recuperar uma cidade com um valor histórico e cultural tremendo que foi já classificada Património Mundial da Humanidade. Mas fazer eleições das Sete Maravilhas de Portugal no Mundo, isso nós sabemos...

Ruínas de uma das 24 igrejas que existiram na cidade. Ainda há aqui muito
trabalho para entreter os arqueólogos, tanto em terra como no mar.
A bem conservada Igreja da Nossa Senhora do Rosário, a mais antiga
igreja colonial do Mundo, com mais de 500 anos. O Padre António Vieira pregou aqui.
 A população gostava tanto dele que quando embarcou para o Brasil teve de o fazer
à noite, às escondidas, pois ninguém queria que ele partisse.


Nas imagens abaixo,a Igreja-Convento de S. Francisco que acolhia frades Capuchos. Também este edifício, construído num ponto mais elevado com uma vista esplêndida da cidade, foi recuperado com financiamento espanhol. Hoje em dia, é utilizado para eventos como casamentos e congressos.



A vista para um vale cheio de coqueiros, árvores de manga e de papaias.


                                                                                                                                                                    
A Cidade Velha tem ruas encantadoras como a Rua de Banana, a Rua Carreira e a Rua Calhau, que são também as ruas mais antigas, com casas de pedra e cal construídas pelos portugueses de forma a conservarem-se frescas,