Dulceria de Celaya, a confeitaria mais antiga do México.

Esta casa foi fundada em 1874


No nº 39 da Calle 5 de Mayo, em pleno centro histórico da cidade da México, fica a mais antiga confeitaria de todo o México, a Dulceria de Celaya Está nas mãos da mesma família há seis gerações. Vende mais de 150 produtos e alguns deles são sasonais, já que as frutas variam ao longo ano e alguns doces são confeccionados apenas para certas festividades como, por exemplo, o dia dos Mortos. A maior parte das receitas dos doces que aqui se vendem foram originalmente criadas por freiras de  conventos mexicanos que os criaram para vender e assim angariar fundos de maneio. Hoje, esta casa é referida em todos os guias de turismo e são muitos os europeus que aqui vêm apreciar criações tão originais como lima glacé recheada de coco ou os clássicos caramelos de leite em seis diferentes variantes. 

Os melhores Homens-estátua que já vi até hoje!

Esta personagem sinistra tinha uma fatiota feita com
tubos de plástico, pedaços de metal e anilhas
Este "Eduardo.Mãos-de-Tesoura" tinha um rosto igual ao do Johnny Dep,
mas media menos uns palmos. E sempre que alguém se aproximava
para deixar uma moeda ou fazer uma foto, era carinhosamente
afagado na cabeça pelas tesouras...

Andar pelas ruas da Cidade do México ao domingo é uma animação. Estes foram, seguramente, os melhores Homens-estátuas que vi até hoje. A avatar estava impecável! O "Eduardo" era uma réplica em miniatura. E era só ver moedinhas a cair. Pling, pling, pling....

Casa dos Azulejos: O edifício mais bonito da Cidade do México.

A Casa de Los Azulejos fica na Calle Madero


É impossível não reparar nesta mansão colonial do séc. XVI no nº 4 da Calle Moneda, esquina com a a Calle Filomeno Mata. Foi o edifício mais bonito que vi na Cidade do México, construído para o Conde de Orizaba que a mandou cobrir de azulejos oriundos de Puebla, designados de “talavera”. A fachada do edifício já foi alvo de vários trabalhos de restauros. Para este efeito, vieram trabalhadores da Arábia Saudita especialistas em azulejos do séc. XVI. Actualmente, o edifício aloja um o restaurante Sanborn’s que serve comida mexicana num pátio de decoração colonial, com empregados trajados a rigor. É frequentado por turistas  e também por mexicanos que aqui vêm ao fim de semana com as suas famílias. E curiosamente, pratica preços acessíveis.

Centro histórico da Cidade do México: Em redor do Zocalo.

La Casa de las Sirenas é um restaurante antigo, num edifício do séc. XVII
mesmo atrás da Catedral, famoso por servir mais de 200 variedades de tequila
e pela esplanada panorâmica no topo do edifício.



Plaza de Santo Domingo com a sua igreja barroca do séc- XVII

Convento de San Francisco


O centro histórico da Cidade do México palpita de vida. Sobretudo ao fim de semana, como foi o caso neste dia. Adorei andar a calcorrear as ruas em redor do Zocalo e gostei particularmente das Calle Moneda, Calle Madero e Cale Corregidora. Estamos sempre a esbarrar com igrejas, conventos, palacetes... E o som dos mariachi é quase uma constante, assim como o som dos realejos. Adoro desta azáfama citadina. Gosto muito de praia, mas dêm-me uma cidade histórica misturada com calor e nem preciso de coqueiros e água cristalina para me sentir no paraíso.


Pinturas de Diego Rivera no Palácio Nacional

O interior do Palácio Nacional








Ir ver as pinturas do Diego Rivera era uma das minhas prioridades na Cidade do México. Há uns anos atrás li uma biografia da Frida Kahlo e, inevitavelmente, acabei por ler também sobre a vida de Diego Rivera já que eles desde que se conheceram nunca mais se largaram, apesar das inúmeras infidelidades de parte a parte, dos problemas de saúde dela e das mentiras e paranóias dele. Mas foram sempre muito amigos e grandes admiradores da pintura um do outro. Mas agora é o Diego que é para aqui chamado e queria apenas acrescentar que ele "viveu" alguns anos neste palácio, de 1929 a 1945, a pintar estes murais. Visitei o Palácio com uma guia e posso adiantar que estive mais de uma hora a ouvi-la a explicar o significado de várias pinturas que retratam espisódios marcantes da História do México. Gostei particularmente das pinturas que retratam o México pré-invasão espanhola já que permitem ficar com uma ideia de como viviam os Aztecas. Como se vestiam (ou despiam), o que comiam, que artefactos produziam e que rituais celebravam. Fiquei a saber que quando o Cortés chegou ao México os indígenas pensaram que ele era Quetzalcoalt, uma divindade de pele branca e barba ruiva há muito aguardada pela população.

Diego Rivera assumidamente ateu, comunista
e...mulherengo. 


Vendedores de rua da Praça Zocalo

Vendedora de tamales, o equivalente às nossas sandochas.
Outro vendedor de tamales.
Este foi o primeiro de muitos "organilllos" que vi no activo.
Tocar estas máquinas made in Berlin é uma profissão como
qualquer outra. e cada tocador tem a sua zona.
Vendedor de sumo de laranja.
Esta senhora quase que me batia... Não gostou nada de ser fotografada. Oops...
Vale a pena passar um pedaço de tempo a sentir a energia desta praça repleta de vendedores ambulantes. No meu caso, gosto particularmente de ver e ouvir músicos e de cuscar o que se come noutras bandas. E o México tem uma gastronomia riquíssima. Vende-se comida feita por todo o lado e o Zocalo não é excepção. O que mais se via eram vendedores de tamales, uma pasta branca, feita com farinha de milho, que pode ter vários tipos de recheio - carne, queijo, vegetais, chilis ou mesmo recheios doces - e que é embrulhada numa folha de bananeira e cozida a vapor. Depois de cozido, abre-se a folha e come-se o recheio com um garfo.  Ora sendo este um dos pratos que já os maias cozinhavam no séc. XVI, fiquei curiosa e quis provar. Mas preferi fazê-lo no conforto e higiene hotel...

Plaza Zocalo: o ex libris da Cidade do México

A Praça estava já toda decorada para o dia 15 de Setembro, quando
se celebram 201 anos da independência mexicana.


Fachada do Palácio Nacional onde estão vários murais de Diego Rivera


O Zocalo é assim como o nosso Rossio, uma praça antiga que representa o centro da cidade. Neste caso,  representa o centro político, histórico e religioso da cidade, mas é talvez umas 10 vezes vezes maior que o Rossio (240 m x 240 m). E em vez dos guineenses, indianos e paquistaneses do Rossio, está pejadinha de indígenas, entre os quais se conta uma variedade incrível de vendedores ambulantes. No dia em que aqui estive estava também cheia de corredores de várias nacionalidades porque havia uma maratona que, aliás, provocou o caos no trânsito da cidade. Grunf.... Foi complicado conseguir chega ao Zocalo, mas depois de chegar, passei uma manhã inteira a absorver o movimento da praça, a espiolhar as ruelas que dela partem, repletas de edifícios históricos, a contemplar os exteriores e interiores da Catedral Metropolitana, dos vários edifícios governamentais (o Zocalo também é conhecido como "Praça da Constituição") e a ver as pinturas do Diego Rivera no Palácio Nacional. 

Catedral Metropolitana


Construída graças ao ouro e a à prata que os espanhóis levaram das minas de prata do México (Taxco, Potosi, Guanajuato), a Catedral Metropolitana é a mais antiga de toda a América e a maior da América Latina. Apresenta uma fachada de estilo barroco e torres de estilo neoclássico, de acordo com as tendências arquitectónicas que estavam em vigor em Espanha na altura da sua construção. Convém referir que a construção levou mais de um século a ficar concluída Para mostrar quem é que mandava, Cortés deu ordens para que a Catedral fosse construída precisamente no local onde existiam vários templos aztecas. Aliás, muitas das pedras das pirâmides foram "recicladas", ou seja, serviram para novas obras. Antes da chegada de Coréts, era aqui que ficava o centro da cidade Maia de Tenochtitlán, sob o comando de Montezuma, o governante Maia que foi assassinado pelos espanhóis em 1520.
Enfim, a história fascinante desta praça dá para horas de conversa. Temos a  fase pré-conquista, a fase pós-conquista, a fase da independência, da reforma e dos sécs. XX e XI. Quem quiser saber mais, pode clicar aqui.

Hotel Polanco Camino Real

A vista do meu quarto. Mas nem molhei os pés.
Tinha que ver o máximoda cidade antes de partir
para a Riviera Maya.

A Cidade do México é enorme. E existem dois locais onde, geralmente, os turistas ficam alojados. No bairro de Polanco, onde vive a classe média alta e alta, onde ficam as embaixadas e a dois passos do Castelo de Chapultepec, e o centro histórico da cidade.  A vantagem de ficar fora do centro ( a uns 10-15 minutos de táxi de distância deste hotel) é que nos misturamos mais facilmente com a população e basta virar a esquina para encontrar restaurantes com o menu só em espanhol. 
A meia hora de táxi ou de transfer do aeroporto, o Hotel Camino Real Polanco não desapontou. O quarto era grandito e o pessoal era simpático. E durante a noite, sai para procurar restaurante a andar a pé com toda a segurança, o que não é aconselhável em certos bairros da cidade. O primeiro jantar foi em ambiente de festa na Cantina Los Remédios onde basta meter o pézito para que não restem dúvidas de que estamos no México. 

Cidade do México. A dieta não é para aqui chamada.

Assim que larguei as malas no hotel, fui empanturrar-me com guacamole
feita ao vivo e a cores numa cantina do bairro de Polanco. Dieta?
Recuso-me a contar calorias durante as férias. Era o que mais faltava.

Depois de quase11 horas de voo desde Madrid, aterrei na Cidade do México num final de tarde do mês de Agosto com uns agradáveis 24 graus Tive a sorte de ser colocada a viajar em primeira classe, um luxo que faz toda a diferença numa viagem tão longa e que deu direito a vários mimos em regime "non stop". Que bom que é champanhe de boas vindas, dormir deitadinha, poder escolher entre "n" filmes que ainda nem estrearam no cinema (vi o "Meia-noite em Paris" do Woddy Allen), ter uma colecção de revistas e jornais à escolha,  saborear refeições escolhidas por menu servidas em porcelana e talheres de prata, petiscar várias entradas,  dois pratos, sobremesa, fruta e queijo... Pois é... podia habituar-me a esta vidinha.

O arroz de lingueirão mais caro de sempre...


Há anos que ouvia falar do arroz de lingueirão da ilha de Faro. Foi desta que o provei. Não devia era ter sido neste restaurante, "O Costa".... A sala estava cheia de artesanato do mundo inteiro pendurado nas paredes. Máscaras de Moçambique, esculturas de pássaros vindas de Bali, pinturas naife do Brasil, panos da Índia, papiros do Egipto... Depois de receber a conta, percebi porquê. Ia regurgitando o belo do arroz e os filetes de peixe galo que até me souberam bem, mas, por favor, só pedi duas doses para 4 e paguei pouco mais de 100 euros. Leram bem, "cem euros"... A culpa foi minha que fiz a asneira de pedir sem ver o menu. Porque o sítio tinha bom ar, mas nada levava a crer que praticasse estes preços... Toma lá que é para aprenderes. E da próxima vez que tiveres desejos, rodas os calcanhares em direcção à Cruz Quebrada, perto de Algés, e vais até ao restaurante "O Caçador" que há já muitos anos serve o melhor arroz de lingueirão que comi até hoje. De lamber os dedos. E a metade do preço.

Depois não digam que eu não avisei....

Barcos da Ria Formosa

O barco que faz a ligação entre Santa Luzia e a Terra Estreita
Este barco chama-se "Pink Floyd". Muito à frente este pescador que o baptizou.

Cascata Pego do Inferno





De tanto aparecer nas revistas naqueles artigos típicos do Verão sobre "10 segredos do nosso país", esta cascata é pior que o mar da Costa da Caparica num domingo de Verão. Está apinhada de gente que vem com farnel e cadeiras. Mas vale a pena dar uma espreitadela e tentar voltar em época média ou baixa. Porque em Agosto, a cascata faz jus ao nome...

Ilhas da Ria Formosa: o Algarve no seu melhor


Há anos que passo férias no Algarve. Posso até ficar alguns anos sem lá fazer uma quinzena no Verão mas, no mínimo, faço sempre uns fins de semana prolongados na zona da Tavira. Apaixonei-me por este outro Algarve onde se consegue, em pleno Agosto, encontrar espaço de sobra para estender a toalha. Já tinha ido ao Barril, a Santa Luzia, a Cabanas, a Cacela Velha e à Fuzeta. Este ano fui à descoberta de outras ilhas que desconhecia. Uma amiga falou-me da ilha do Farol e do prazer que retira de estar 15 dias isolada, sem carro, a comer o peixe que pesca, as conquilhas que apanha e a banhar-se sem ter ninguém em cima nem vendedores de bolinhas a gritar os seus pregões.  Fui lá confirmar e é verdade. E fui também à Armona e à ilha de Faro. Foi uma semana que passou a voar.

É em Olhão, junto ao mercado, que se apanham o barcos para a ilha da Armona
(25 a 30 min. de viagem) e para a ilha do Farol (cerca de 45 min. de viagem)


Por todo o lado, há gente a apanhar bivalves.

Praia da Armona, excelente para quem tem crianças já que temos pé durante
muito tempo. Mas para aqui chegar caminham-se uns 20 minutos,
atravessando a ilha de ponta a ponta sob a torreira do sol.

à chegada à ilha do farol.



O mar é de um verde água apetecível e a temperatura é agradavelmente
morna mas chega para refrescar o corpo. Perfeito.


Massagens em plena praia do Farol. E a preços low cost.

"Maramais", o bar mais "fashion" da ilha.



A bilheteira onde estão afixados os horários do barcos para
a Armona e dos barcos para o Farol. Há sempre gente com sacos
de compra com rodinhas que se veio abastecer de comidinha

A praia de Cacela Velha num dia em que se podia ir lá ter a pé