Três dias na Ilha do Príncipe

A Ilha do Príncipe foi descoberta a 17 de Janeiro de 1471 e primeiro
foi designada por "Santo António". Só em 1501 é que ganhou o nome
de Ilha do Príncipe, dado por D.João II de Portugal, em homenagem
ao seu filho Afonso.
O Rio Papagaio atravessa a cidade de Santo António
A Marginal da cidade
O edifício da Capitania onde e tempos trabalhou o pai da C.
Enquanto esperávamos pelo avião, ainda na cidade de são Tomé, fui abordada por um velhote quando fazia o check in. "Desculpe, a senhora vai para o Príncipe?"... "Vou", respondi eu. "Pode fazer-me um favor e levar esta caixa para uma pessoa da família que vive na ilha?". Achei muito estranho, fiquei desconfiada... Pedi ao senhor para abrir a caixa, não fosse conter algo ilícito. Afinal, era apenas um transformador eléctrico. Depois lá me explicaram que é normalíssimo as pessoas pedirem este tipo de favor porque há famílias separadas pelo mar que estão anos e anos sem se verem, já que os bilhetes de avião custam uma pequena fortuna e o único barco que faz a ligação entre ilhas é comercial e não transporta passageiros.... Enfim, não admira que as pessoas peçam para transportar coisas de cá para lá e de lá para cá. é claro que no regresso não levei só uma caixa, levei muitas mais! Umas para entregar em S. Tomé, outras para entregar em Portugal.
Este barco comercial tem capacidade para 300 passageiros e só não transporta pessoas porque tal não convém aos interesses económicos de outras empresas... Ainda bem que fiz o favor de levar o transformador eléctrico. Além de estar a ajudar alguém, esta caixa acabou por me servir de passaporte para conhecer duas de quatro pessoas da Ilha do Príncipe que me viriam a marcar profundamente.

Em frente, o edifício governamental da Ilha do Príncipe
O edifício dos CTT é uma das casas mais bonitas de Santo António.

Mercado do peixe.



Foi o pai da C,, com quem viajei, que fundou o Sporting Clube do Príncipe.
 Hoje em dia, o edifício está abandonado, mas ainda encontrámos alguns
ex-jogadores que se lembravam bem da C. e do pai dela.
E esta é a casa onde a C. viveu quando tinha 4 anos. Pedimos para entrar
e foi incrível vê-la a recordar-se dos cantos da casa onde viveu aos 4 anos.

Fotografei esta casa várias vezes, de diferentes perspectivas. Se tivesse de morar
nesta ilha, era aqui que gostava de me fixar, nesta casa mesmo em frente
 à baía da cidade.

Outra bomba de gasolina pré-histórica.

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