Caves Batu, uma visita imperdível para quem vai à Malásia!

Ao fundo, a estátua de 43 metros de Lord Murugan,
revestida ouro. As caves foram a adaptadas a templos
em sua homenagem.
Shiva, Ganesh e Durga são algumas das divindades
representadas nos vários templos das Caves Batu.
Nesta imagemvemos a estátua de Lord Rama.
Estas caves constituem o centro de peregrinação hindu
mais importante de toda a Malásia.

Existem várias passadeiras suspensas que ligam
os jardins circundantes.
272 degraus que conduzem  os visitantes à gruta principal,
conhecida como " a catedral", com uma altura de 100 

metros e um tecto com fendas por onde entra alguma
luz do exterior. O ambiente é mágico!


O interior das caves é um perfeito assombro! Só pensava :
"Ainda bem que  fui uma menina linda, fiz o TPC bem feito
e vim aqui parar!"

A visita às Caves Batu foi feita a meio da viagem entre Malaca e as plantações de chá de Cameron Highlands (cerca de 4 horas de viagem). As caves ficam a meio do percurso e a poucos kms de Kuala Lumpur, cerca de 12, pelo que é uma das visitas de meio dia mais populares para quem visita a capital da Malásia. Na minha opinião, foi o local de culto mais espectacular que já conheci até hoje. Fica encrustado nuns rochedos enormes de calcário, abrigam "n" templos hindus nas várias grutas  e também no exterior e estão pejadinhas de macacos atrevidos que passam a vida a gamar as oferendas de comida e a comê-las à descarada. E como se não bastasse, estão sempre de olho nos nossos snacks...


Bela vidinha a destes macacaos que não precisam de
mexer uma palha para comer pão e fruta fresca...



Os monges são muito requisitados para aconselhamento espiritual.
Antes de entrar no recinto das caves, cruzei-me com várias barraquinhas destas
que vendem flores e arranjos de fruta para servirem de oferendas aos Deuses.
 Cada barraquinha era um autêntico festival de cores!

Ao encontro da Malaca portuguesa

A entrada para a Jonker street, a principal rua da China Town
repleta de lojas e restaurantes que servem bolinhas de arroz
 com diferentes recheios, um prato típico local.


Fachada de uma das muitas lojas de antiguidades de Jonker street.
 Existem lojas  com artigos da Tailência, China e Indonésia.

Algumas lojas são especializadas em chás, doces de manga ,
bolachas de coco e tares de ananás Baba  Nyonya, uma receita
de  um povo que descende de chineses que casaram com
mulheres malaias.



Os tuc-tuc de Malaca são assim, pirosinhos até dizer basta.
Uma hora de passeio custava apenas 4 euros.

Christ Church. Esta igreja holandesa é das imagens
mais divulgadas de Malaca.





Senhor Rodrigues, traga-me mais uma cerveja, por favor!” Esta seria uma frase banal no dia-a-dia de qualquer esplanada em Portugal, Mas não o é, certamente, quando usada numa esplanada a mais de dez mil quilómetros de distância. Estamos em Malaca, uma cidade no sul da Malásia continental. E quinhentos anos depois da conquista desta cidade por Afonso de Albuquerque, ainda há quem se exprima na língua de Camões.

Podem fazer cruzeiros, apanhando o barco nas traseiras do
posto de turismo para ir até Kampung Morten ver a Villa Sentosa
com casas de 1920 de construção típica malaia. Eu fui a pé.
Mas o passeio de barco, de 45 min, custava 1.50 euro.

 vista do monte de São Paulo.

 Assim que comecei a fazer o “trabalho de casa” para definir a rota a seguir na Malásia, sabia que Malaca seria um ponto de paragem obrigatória. Depois de 3 dias em Singapura, dirigi-me de táxi (é barato) para a cidade malaia fronteiriça - Johor Bahru – onde aluguei um Proton no aeroporto, um carro de marca nacional. Duas horas e meia mais tarde, de condução à esquerda (a Malásia foi ocupada pelos ingleses...). chegávamos a Malaca ainda a tempo de almoçar. Depois de comer, fomos percorrer o pequeno bairro de China Town, visitando algumas das suas lojas de antiguidades e de artesanato e vendo as fachadas das várias casas, tão ricas em pormenores arquitectónicos, como mostram as fotos. Deambulei pelas várias ruas adjacentes, enquanto passava por templos chineses, templos hindus e mesquitas. Mas estava em pulgas para ver o que restava da fortaleza portuguesa e para visitar ao bairro dos portugueses, a cerca de 3 km do centro da cidade. Mas já lá vamos. Primeiro vou falar do único monumento português que sobrou do tempo de Afonso de Albuquerque.

A Porta de Santiago é tudo o que resta da antiga fortaleza portuguesa.
Os ingleses espatifaram o resto.
A igreja de são Paulo, mandada construir por um capitão
 português em 1590 e a estátua de S. Francisco Xavier
que ali esteve sepultado durante 9 meses.



Afonso de Albuquerque chegou a a esta cidade em 1511, ávido por especiarias e pelo domínio de rotas comerciais. Quinhentos anos depois, são poucos os vestígios da passagem dos portugueses. Na base do monte de S. Paulo, a Porta de Santiago sobrevive graças a Sir Stamford Raffles – fundador de Singapura – que fez questão de não a deixar destruir (obrigada, Sir Raffles, onde quer que estejas!). Esta porta em ruinas é tudo o que resta da antiga fortaleza – A Famosa – construída por Afonso de Albuquerque em 1512 e, mais tarde, destruida pelos britânicos, em 1807. No topo do monte, encontra ainda uma igreja em ruínas, a igreja de S. Paulo, erguida em 1521. S. Franscisco Xavier, fundador da Ordem Jesuíta que esteve aqui sepultado durante 9 meses, antes do seu corpo ser trasladado para Goa, onde ainda hoje se encontra. No interior do recinto existem várias pedras tumulares encostadas às paredes com inscrições em inglês, holandês e português. 
Mas que mais há para ver em Malaca que remeta para os portugueses de outrora? Foi esta a pergunta que fui colocando aos vários locais com quem me fui cruzando ao longo da tarde. A resposta foi unânime: o Museu Marítimo e o bairro português.



A réplica do Flora del Mar onde funciona o Museu Marítimo
O Museu Marítimo foi instalado numa réplica de uma galeão português do séc. XVI – o Flora del Mar - que se afundou no estreito de Malaca juntamente com um tesouro valioso. A exposição deste museu relata a história do sultanato de Malaca desde o séc. XIV até à ocupação britânica e apresenta alguns objectos antigos como mapas, armas e instrumentos marítimos. Depois de ver o barco por fora, aseguimos finalmente para o bairro português de Malaca, designado localmente por Ujong Pasir. Esta seria a chamada “cereja em cima do bolo”, para terminar o dia em grande estilo. 


Fachada do Museu Português que fecha à segunda-feira. E em que dia é passei
neste local em Malaca? Numa segunda...
Ao fim de semana costuma haver festarola com ranchos folclóricos.
Que pena não ter apanhado este show. O que eu pagava para ver
asiáticos a dançar o vira!

O bairro português é um bairro periférico onde vivem cerca de dois mil descendentes de portugueses, predominantemente católicos e conhecidos localmente como “Eurasians”.  Será que são parecidos connosco? Será que souberam preservar tradições ancestrais? E que ligação terão com o Portugal dos nossos dias? A curiosidade era enorrme. Á medida que fazia o trajecto de cerca de 4 quilómetros entre o centro histórico de Malaca e o bairro português, observa a as feições das pessoas em busca de Ti Manéis e Ti Jaquinas. Rostos parecidos com os nossos. Nada. 
De repente, as ruas começaram a ter nomes de descobridores portugueses. E aqui e acolá surgiam cartazes a anunciar festas com pessoas vestidas.. .de minhotas! Pois bem, acabava de chegar à Medan Portugis, a Praça Portuguesa. Um espaço ao ar livre, com vários palcos onde, ao sábado à noite, é costume haver música e danças inspiradas no folclore e nas festas tradicionais portuguesas. Mas era segunda...
Olhando em redor, a arquitectura dos edifícios da  praça em nada remetia para a traça portuguesa. Mas todos os restaurantes da praça exibiam letreiros a anunciar a gastronomia lusa. Aproximei-me de um deles, o Restaurante Lisboa, e perguntei ao empregado, um homem de tez escura com cerca de 60 anos, se de facto serviam comida portuguesa, identificando a minha nacionalidade. Para meu espanto, o senhor respondeu-me com um “sim”. A partir daí a conversa foi toda em português. Mais à frente, junto ao mar, descobri uma fileira de 7 ou 8 restaurantes, todos com esplanada e todos eles, supostamente, de comida portuguesa. Servirão bacalhau? Migas? Caldeirada? Nada disso. Estes restaurantes de português só têm mesmo o nome. A comida resume-se a peixe, lulas e marisco grelhado ou marinado com lima e especiarias. Mas melhor do que a refeição, é descobrir que a maior parte dos empregados fala português, ainda que tenham feições asiáticas. “

Os restaurantes portugueses ficam junto ao mar e servem comida
que de portuguesa não tem nada. Mas alguns empregados falam português,




E vocês já visitaram Portugal?”, perguntei a alguns dos empregados do restaurante (uma simpatia!) e a outros amigos deles que se foram juntando à nossa volta para falar português com ... portugueses!!! “É muito longe e muito caro. Não conheço, mas gostava muito…”, respondiam com uma pronúncia estranha mas compreensível. Em casa, a família nunca deixou de ensinar a língua, passando-a de geração em geração, o que explica este “milagre” e a existência de apelidos tão familiares. “Senhor Rodrigues, mais um cerveja, por favor!” pedi eu já a terminar uma refeição deliciosa. “E pode trazer a conta, por favor”. Por sinal, uma conta simpática já que por uma pratada de lapas (scallop) divinalmente temperadas com ervas aromáticas e pó de amendoim, um peixe temperado com lima e acompanhado de arroz, legumes salteados e um litro de cerveja Tiger pagámos 20 euros. “Muito obrigada Senhor Rodrigues, foi um prazer”. Mesmo ali ao lado, no Lisbon Hotel (30 euros o quarto duplo com PA), um hotel com vista para o estreito de Malaca, tenho a certeza de que nessa noite adormeci com um sorriso nos lábios. 

Kampong Glam: o bairro árabe de Singapura

Além da China Town e da Little India, Singapura tem também o bairro dos muçulmanos, Kampong Glan. Em 1819 estas terras foram oferecidas a um sultão que aqui construiu o seu palácio e uma mesquita. De imediato o bairro começou a atrair muçulmanos. Hoje em dia está repleto de lojas de tecidos, artigos em pele, vime e madeiras trabalhadas assim como de restaurantes de comida árabe

A mesquita do sultão domina a paisagem.




E aqui terminou a minha estadia em Singapura que se vê bem em dois dias. é claro que não fui ver arredores, mas Sentosa (uma ilha artificial transformada em parque de lazer) não me atraia minimamente. Compras também não fiz porque sabia que na Malásia tudo seria mais barato.è claro que andei a passear na principal rua de comércio, a Orchard Road, mas só para comer com os olhos. Mas, para quem quiser fazer compras, dizem que vale a pena adquirir material electrónico e equipamento fotográfico. De resto, senti-me bem em Singapura e não dei por nada de estranho, por nenhum fundamentalismo a não ser os avisos de multa do metro. De um modo geral, está tudo muito limpo mas aqui e acolá vê-se lixo no chão. Pouco, mas vê-se. Mas sim, pelo sim, pelo sim, não deitei nenhuma pastilha para o chão....


Baía de Singapura

Singapura também tem uma roda gigamte.
O "leão-peixe" que vemos na imagem, Merlin, é o ex libris da cidade.
Um grupo de budistas que por ali andava deu outro colorido à fotografia.


As zonas que mais gostei de visitar em Singapura foram a baía, Clark Quay e Boat Quay. Neste último, como o próprio nome indica, existem barcos alinhados com antigas casinhas e armazéns que foram adaptados a bares, lojas e restaurantes. Vale a pena fazer um cruzeiro ao anoitecer, com partida neste bairro, para cruzar várias pontes e ver as luzes da cidade reflectidas na água.