Dois dias em Kuala Lumpur

Ao centro, o Royal Selangor Club, um club  VIP da cidade com longa tradição.
A capital da Malásia não me deixou grandes marcas e não vai deixar saudades. São poucos os locais que achei interessantes. Vale a pena ver a gigantesca Praça Merdeka (inesquecível, este nome), as torres Petronas (sobretudo à noite) e pouco mais. Assim que cheguei, entreguei o carro alugado e instalei-me no Swiss Garden Hotel, a uma curta distância a pé de China Town e da zona comercial. O hotel era muito bom e tinha a grande vantagem de ter piscina, porque estava um bafo que mal se podia aguentar. Muito calor mesmo. E como já estava quase a regressar a casa, decidi arriscar e nestes últimos dois dias e vinguei-me da greve de sumos e saladas (greve forçada, para cumprir à risca as dicas da consulta do viajante) e bebi carradas e carradas de sumos naturais. Sempre que olhava à minha volta via outros turistas a beberem sumos com gelos, na maior, e apeteceu-me fazer o mesmo. A minha fruta preferida é a manga e se há coisa que vou recordar com saudades são as overdoses de manga que apanhei durante a viagem. Tinha sempre mangas a acompanharem-me, de várias variedades e todas uma delícia.


Edifício Sultan Abdul Samad (1897) que aloja um tribunal. 

A parte mais interessante de Kuala Lumpur, na minha opinião, é a Merdeka Square, uma praça gigante com um relvado enorme no centro, rodeado de edifícios históricos. Merdeka significa liberdade, porque foi nesta praça que, em Agosto de 1957, foi proclamada a independência da Malásia.

Na base das Petronas fica um dos muitos shoppings desta cidade.


E claro, nenhuma visita a Kuala Lumpur fica completa sem ir ver as Petronas. Estas torres de 451 metros de altura são o ex libris da cidade e de noite têm muito mais encanto do que de dia. Aliás, toda a zona em redor destas torres tem um ar futurista, com vários arranhas céus e néons. Depois da Praça Merdeka, foi o que mais gostei de ver. E ponto final. O resto são compras e massagens. A cidade é barulhenta, suja e o trânsito é caótico.. Não fiquei com vontade de voltar.saudades, ao contrário de Singapura que me encheu as medidas.



Enquanto o M. descansava no quarto, fui palmilhar uns quantos shoppings na zona de Bintang e fazer mais uma massagem aos pés, que aqui ainda são mais baratas, cerca de 4 euros apenas. Voltando às compras, as coisas são todas tão baratas, mas tão baratas, que me dei ao luxo de comprar peças repetidas, algo que nunca tinha feito na vida. Por exemplo, vi uma saia linda feita de retalhos de tecidos tradicionais e comprei logo três, uma para mim e duas para oferecer. E repeti o feito com outras peças de roupa porque, em média, cada artigo custava a módica quantia de 4 euros.... e num shopping com boa pinta, porque na rua é tudo negociável e ainda mais barato. Tratei de logo de despachar umas quantas prendas de anos e de Natal por tuta e meia.



Entrada do mercado nocturno onde comprei 5 pares de óculos escuros
de "alta costura" de uma só vez, a dois euros cada. 

Tive de comprar um saco grande de viagem para trazer todas as compras que fiz... Estiquei-me um bocado, não tanto com o valor das compras, mas com o volume das mesmas. Mas por dois euros, comprei um saco de viagem na Jalan Petaling, o mercado nocturno de China Town que funciona entre as 18h00 e a 23h00 (sim, estamos num paraíso das imitações...), e ficou o assunto arrumado. Para terminar a viagem em beleza, na última noite fomos jantar a um Vietnamita "caríssimo", para os standards da cidade, com muito boa pinta, alta esplanada com jardim e cheio de estrangeiros todos bem arranjados. Pagámos 10 euros por cabeça. E pronto, foi assim que fiquei com vontade de ir conhecer outros países asiáticos onde também nos sentimos milionários. Depois da Malásia, a Tailândia, o Vietname, o Cambodja e as Filipinas passaram a integrar a minhas lista das "To do trips". Juntamente com muitos outros destinos...



6 comentários:

  1. Nesse rol de "to do trips", inclua o Laos. Se for à antiga Indochina é começar em Hanói, dá a volta por Hué, Saigão, Phnom Penh, Siem Reap (ruínas de Angkor), Vientiane, Luang Prabang e regressa a Hanói. Para fazer com calma num mês e utilizando os voos internos da excelente Vietnam Airlines, com custos médios por viagem de 40/50€. Quando os aviões saiem do Vietnam o preço por viagem aumenta imenso, é recorrer então à camionete (trajecto Saigão-Phnom Penh) e aos voos da Laos Airlines. O Laos, para além de ser lindo, sobretudo o norte, permite imensas caminhadas e tem uma deliciosa gastronomia, de longe a melhor da região.
    http://www.flickr.com/photos/84539764@N00/sets/72157627097713424/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Exclentes dicas, obrigada! Mas primeiro ainda vou regressar ao Japão este ano, já tenho tudo marcado. Se tiver dicas, são sempre bem vindas.

      Eliminar
    2. Vamos a KL em Janeiro. Uma perguntinha... não chatearam na alfandega com as imitações de Alta Costura? Uma amiga chinesa diz que por vezes corre mal e temos de pagar IVA´s e afins... Obrigada e parabéns pelo artigo !
      Rita

      Eliminar
    3. Olá Rita. Obrigada pela simpática mensagem. Ora bem, eu trouxe poucas imitações, mas sei de quem tenha trazido muita coisa e ninguém teve problemas. Acho que só com muito azar é que isso pode acontecer.

      Eliminar
  2. Bem gostava de as ter pata lhas poder dar, era bom sinal... adorava conhecer Tóquio.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É um mundo à parte! |Desta vez vou conhecer outros destinos além de Tóquio e Kyoto. Fiz pontaria para apanhar uma das principais festas do Japão, a celebração do Outono. Até agora, o Japão foi a viagem que mais me marcou., de todas as que fiz. Já passaram 8 anos desde que lá fui mas lembro-me dos nomes tods (!) dos bairros, das principais ruas, dos preços que paguei...tudo.

      Eliminar