Shinjuku, o bairro dos arranha-céus em Tóquio






Entre os vários prédios, encontram-se esculturas e instalações
como esta do americano Robert Indiana., inspirado num postal de Natal
para o Museu de arte Moderna de NY. Exiistem variantes espalhadas
por vários locais do mundo.


Shinjuku é um dos 23 bairros de Tóquio e seguramente um dos  mais mais visitados por turistas. As principais atracções são a zona empresarial dos arranha-céus, que mostro neste post, a zona de compras em redor da estação, a zona de lojas de electrónica (mas o bairro de Akihabara é melhor)  e a zona de entretenimento, Kabuki-cho, o bairro vermelho da cidade do qual irei falar no post seguinte. Nas primeiras noites no Japão, fiquei alojada em Shinjuku, tal como há oito anos atrás. E ns últimas noites no Japão,  optei por variar e ficar em Ginza, para ir ao mercado do peixe. Mas por minha vontade, teria passado as primeiras noites em Shibuya. Com muita pena minha, não foi economicamente viável. Shibuya tem poucos hotéis, o que faz com que os poucos que existem pratiquem preços elevados. Já em Shinjuku a oferta hoteleira é enorme, provavelmente por estar aqui uma das maiores centrais de transportes do mundo, a estação de Shinjuku. Um local que está no Guiness Book por ser o sítio do mundo onde passam mais passageiros por dia, cerca de 3.5 milhões de pessoas!!!

Existem mais de 60 entradas/saídas nesta estação. É uma coisa labiríntica e existem ligações subterrânea a várias companhias de metro e comboios (cerca de 12), a várias companhias de autocarros e a vários centros comerciais, como o Lumine, o Keio, o Isetan (10 andares), o Odakyu (16 andares) e o Takashimaya (15 andares ), entre outros. Ou seja, dava para passar vários dias só a saltitar de shopping em shopping, a apreciar as  montras, os milhentos artigos, as fardas infantis das funcionárias. a abertura de alguns destes armazéns também um espectáculo interessante, como pode ver aqui. Mas desta vez, mal entrei nestes megas shoppings, porque quis guardar a maior parte das compras para Shibuya e para outras cidades que fui visitar. E consegui comprar coisas bem mais baratas do que em Tóquio. Mas recomendo vivamente várias visitas às secções de alimentação destes shoppings, nas caves dos edifícios, como a do Lumine. A apresentação da comida dá gosto de ver. gostei particularmente de ver a variedade  caixinhas bento com comida que custam em média oito euros.  E nas muitas acções de degustação podemos provar imensas coisas, ainda que muitas delas surpreendam porque .... sabem quase todas a peixe!



Em Shinjuku, existem hotéis para todos os gostos e bolsas, desde ryokans a hotéis cápsula (regra geral, só aceitam homens que lá vão descansar por umas horas) e hotéis super-mega-hiper luxuosos, como o famoso Park Hyatt, onde foi rodada uma boa parte do filme Lost In Translation. Eu reservei o meu hotel, o Toyoko Inn Kabuki-Cho, no Booking.com. Mas viajei com várias pessoas, porque se estivesse só com o meu homem teria alugado casa no airbnb. Ainda pesquisei umas quantas e de facto pode ficar um pouco mais barato. 
É curioso reparar que nestes escritórios todos modernaços de
empresas hi-tech os trabalhadores vão de bicicleta para o emprego.

A minha sugestão para quem vai a Tóquio pela primeira vez, é ir logo no primeiro dia a Shinjuku, para subir ao topo de um dos edifícios do Tokyo Government Building e contemplar a vista panorâmica da cidade. São duas torres gémeas com 243 metros de altura e podemos escolher uma ou outra e subir ao 45º piso. Da primeira vez, subi à torre norte, Desta vez fui à torre sul e gostei mais da vista. É um programa gratuito que pode ser feito entre as 9h30 e as 23h00.


Ao fundo, a torre de Ikebukuro

O centro, o Shinjuku, Gyoen National Park, um mega jardim muito concorrido
quando as cerejeiras estão em flor e onde se pede lanchar na casa de chá.
Existem placards com  a explicação dos edifícios que se avistam



Como se pode ver pelas imagens, Tóquio não é propriamente uma cidade bonita. É como Nova Iorque, tem alguns bairros engraçados, tem uma agenda cultural fora de série e um comércio fantástico. Mas não tem grande beleza. Sobretudo, durante o dia. De noite, é um assombro, com néons por todo o lado, elevadores panorâmicos iluminados, monorails a serpentar entre prédios e ecrãs gigantes a passar publicidade. Junte-se a tudo isto um povo ultra educado, o culto da limpeza, uma mão cheia de contrastes entre passado e futuro e gente com muitas taras e manias (adoro, estou farta de gente normal e sem sal), preços acessíveis para comer, preços de saldo para visitar atracções Património Mundial da Humanidade (5 euros cada entrada, bem mais barato do que a viagem anterior a esta, a Escócia) e uma gastronomia do melhor e mais saudável que já saboreei até hoje e Tóquio só não recebe todos os anos a minha visita porque é longe como o raio e ainda tenho muito mundo para descobrir.

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