Shirakawa-go. Uma vila japonesa Património Mundial da Humanidade


Para chegar à vila, há que atravessar uma pequena ponte estilo "Indiana Jones"

Mais uma miúda que me apetecia
ter trazido comigo...
Os canais de rega estão cheios de peixes
pois também servem para aquacultura- Genial!

Estava capaz de cortar os pulsos se não tivesse ido ver esta vila. Posso dizer que de todos os locais que tinha planeado visitar no Japão, este era o aquele mais queria ir ver. Shirakawa-Go é uma vila localizada no vale Shokawa, os Alpes Japoneses, que parece uma aldeia de bonecas retocada com Photoshop. Mas é tudo real e 100% natural. A arquitectura das casas, de estilo "Gassho-zukuri", com telhados de colmo bem inclinados, faz lembrar as casa de Santana, na ilha da Madeira. Com a diferença de que nesta pequena aldeia só existem casas destas, todas de telhado inclinado estilo "Gassho" que significa "mãos em oração", pois assemelham-se à forma das mãos quando juntas para rezar. Estes telhados são construídos de forma a suportar o peso da neve, que pode ir até aos dois metros de espessura, e a escoar a água da chuva, para que a palha não apodreça. Até aos anos 70, era frequente as famílias que habitavam estas casas dedicarem-se à criação de bichos da seda.

Espantalhos num dos campos cultivados 




No vale Shokawa existem duas zonas que merecem ser visitadas, Shirakawa-go e Goyakama. Das 1800 casas Gassho, restam hoje cerca de 150 distribuídas por várias aldeias, todas elas Património Mundial da Humanidade. Estas vilas ficam entre Takayama e Kanazawa e não existe comboio para lá chegar. Existem autocarros para lá chegar, para os preços dos bilhetes são exorbitantes, se tivermos em conta que fica apenas a 35 km de Takayama. Rondam uns escandalosos 40 euros por pessoa. Também existem excursões com preços ligeiramente inferiores, 30 a 35 euros por pessoa. Mas como éramos 3 pessoas, alugámos um carro por seis horas numa companhia rent a car mesmo em frente à estação de comboios de Takayama (é uma grande ideia esta do aluguer de curta duração), pagando cerca de 60 euros, e fomos por nossa conta e riso para Shirakawa-Go, poupando 60 euros caso tivéssemos ido de autocarro. Andámos calmamente a passear na vila, sem pressas, ao nosso ritmo, até ao anoitecer. Regressar a Takayama foi uma aventura, porque se na ida nos tinham programado o GPS para lá ir ter direitinho, no regresso não sabíamos programar a maquineta para nos levar de volta à vila. Foi um filme.... mas fomos lá dar por estradas secundárias. E felizes da vida por termos passado umas boas horas nesta vila pitoresca que eu tanto queria no ter no meu cadastro de viajante. E já ninguém a tira de lá.

Um grupo de estudantes simpáticas
com quem estivemos à conversa
Até as tampas de esgoto têm design!


A vista da vila de um ponto alto




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