Cães japoneses que vão ao SPA, fazem yoga e vestem alta costura.


Um cão vestido de samurai

Para muitos japoneses, um cão é o filho que não podem ter. Poodles, Chihuahuas e outras raças de tamanho miniatura fazem as delícias de muitos adultos que não podem ou não querem ter filhos. A coisa é de tal ordem que existem hoje mais animais de estimação no Japão do que crianças. E muitos destes cães são tratados como autênticos membros da realeza, com direito a uma divisão da casa só para eles, guarda-fatos repletos de roupa de designers, jóias, adereços, fraldário e carrinhos de passeio. E, claro, as marcas sabem tirar partido destas manias. Channel, Gucci, Dior e muitas outras marcas já fabricam roupa e adereços para cães a pensar no mercado japonês. Existem até SPA's para cães e aulas de yoga que podem frequentar sozinhos ou com os donos.



Porque motivo fazem tanto sucesso os cães mais pequenitos? Porque as casas dos japoneses também são mínimas. Em média, uma família de quatro pessoas vive num espaço de 50 metros quadrados. E a recessão económica tem feito com que muitos jovens não tenham condições para casar pelo que vivem em casa dos pais até aos 35 anos. Se juntarmos a isto o facto de uma mulher com filhos no Japão ser desvalorizada do ponto de vista profissional  e do ponto de vista sexual (muitos casamentos são arranjados e o sexo só existe mesmo para procriar), temos as condições ideais para que cães e gatos tenham um estatuto de vedeta no seio familiar. E todas as indústrias que se alimentam desta mania-  alimentação, moda, ourivesaria, cosmética e até agências funerárias - só podem estar muito agradecidas. Em paralelo, a venda de contraceptivos tem vindo a descer de ano para ano.

Um cão vestido de marinheiro. 



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