A palavra Gruyéres remete-nos de imediato para um tipo de queijo suiço. Ora este queijo tem o nome da vila onde foi criado originalmente e bastou-me, um dia certo dia, ver uma imagem do centro desta vila para a colocar de imediato no meu roteiro. E ainda bem que o fiz porque Gruyéres é um local muito pitoresco que parece ter parado no séc. XV.E o facto de não poderem circular carros dentro das suas muralhas, ajuda bastante. A vila é mínima, praticamente só tem uma rua, várias casas com fachadas bem preservadas e uma colina com um castelo. Mas é uma gracinha!
Cartaz a anuncair produtos típicos da região. |
A rua principal está cheia de edifícios medievais onde hoje existem bares. lojas de artesanato e restaurantes. |
Em todo o lado, faz-se fondue de queijo com frutas.pão ou com legumes,. O cheiro às tantas começa a enjoar... |
O Chateau de Gruyéres, cuja construção remonta ao séc. XIII., foi habitado pelos condes de Gruyéres até meados do séc, XVI, quando a família faliu. Depois disto, mudou de mãos por mais três vezes até que no séc. XX o Cantão de Friburgo o comprou para o transformar num museu |
A porta do castelo |
E agora chega uma das melhores partes desta visita. Quem é que iria imaginar que no meio desta minúscula vila medieval iria encontrar um dos bares mais engraçados e com uma das decorações mais futuristas e originais que vi até hoje? Trata-se do bar do Museu HR Giger, um museu que tem o nome de um famoso ilustrador, pintor , escultor e designer suiço nascido em 1940 que, entre outras figuras bizarras e grotescas, concebeu a imagem do "Alien", uma figura sinistra e ameaçadora que deu nome a uma saga de filmes de Ridley Scott. Este realizador ficou absolutamente fascinado com os desenhos que Giger publicou no seu livro "Necronomicon" (1977), fascínio este proporcionou o convite para criar o monstro horripilante que marcou a História dos thrillers cinematográficos da década de 80. E Giger chegou mesmo a ganhar um Óscar em Hollywood com o seu aterrador "Alien". Não visitei o museu, mas estive quase uma hora no Bar Giger (2004), maravilhada com o ambiente gótico e macabro deste espaço repleto de detalhes curiosos. Um espaço incrível que contrasta de forma inesperada com o carácter medieval da vila que o acolhe. Passado e futuro de mãos dadas de uma forma bem interessante!
O tecto do bar é composto por arcadas que fazem lembrar esqueletos. O edifício onde foi criado tem mais de 400 anos. |
As cadeiras são incríveis! |
Uma parede que parece ter sido retirada de uma casa assombrada! |
A entrada do Museu HR Giger que contém, a maior colecção que existe de obras de Giger: ilustrações, pinturas, esculturas, móveis e outros objectos. |
Para terminar, para quem, como eu, não sabia o que era feito deste senhor, depois de pesquisar os vários sites oficiais dedicados a este artista, fiquei a saber que ainda está vivo, continua a trabalhar e mora com a sua esposa na cidade de Zurique. Dado o sucesso das suas criações, ainda hoje exibidas em várias exposições retrospectivas pelo mundo inteiro e com inúmeras peças a fazerem parte de colecções particulares, aposto que tem uma bela qualidade de vida e uma conta bancária bem mais dócil do que as criaturas que desenhou. E bem vistas as coisas, ele merece.
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