Vou finalmente contar a minha viagem à Tailândia e ao Cambodja, totalmente organizada por mim. Cada vez gosto mais da agência de viagens "Eu Mesma". É que empenho-me de tal forma a pesquisar informação, devorando blogs de viagens e melgando pessoas que já passaram nos locais que quero visitar, que depois consigo planear na perfeição o tempo certo para estar em cada local. Por vezes, lá me arrependo de um hotel ou outro, mas no geral, a coisa corre bem. Vou então relatar esta viagem de duas semanas com o máximo de detalhe possível, incluindo dicas para evitar cair em esquemas para turista, valores gastos em voos, hotéis, passeios, alimentação e compras, dicas para regatear preços de excursões, para lidar com a mosquitada e, claro, pelo meio vou contar muitas histórias engraçadas e curiosidades sem esquecer também o que detestei na Tailândia. Sim, porque nem tudo foi perfeito. Aproveitei uma campanha promocional online de voos da Emirates Airlines para comprar, com 6 meses de antecedência, o voo Lisboa/Bangkok/Lisboa por 590 euros, um preço aceitável já que nunca vi este trajecto a menos de 500 euros. Logo de seguida, comprei online no site da Rumbo as ligações Bangkok/ Siem Reap/Bangkok (Air Asia: 100 euros) e Bangkok/ Krabi/Bangkok (Air Asia: 70 euros). E depois comecei a pesquisar hotéis na cidade. O preço do taxi entre o aeroporto internacional de Bangkok e o hotel ficou em 500 bath (o normal são 400 bath mas não nos apeteceu discutir logo à chegada).
A Khao San tem muitas lojas, restaurantes e agências de viagens para turistas "mochileiros". Apesar de ter alguns hotéis de 3 estrelas, o forte são os hotéis baratos. |
Eu morria se não fosse para um hotel da Khao San Road, mesmo depois de ter lido em muitos blogs que era uma rua muito turística, barulhenta e algo caótica. Mas enfim, como sabia que no final da viagem poderia ir dormir noutro bairro, queria mesmo sentir o pulso a esta rua tão famosa, em pleno bairro de Banglamphu e com uma localização excelente para explorar a zona antiga da cidade. Para o final da viagem, optei pela zona moderna, a Sukhumvit Road, e o contraste não poderia ter sido maior.
A Khao San Road está entupida de tuk tuks. |
Depois de ler muitos comentários a hotéis no Tripadvisor, onde também costumo relatar as minhas experiências, optei por reservar quarto no Dang Derm Hotel via Booking.com, escrevendo uma nota a pedir um quarto isolado da rua, para evitar o ruído que se prolonga noite fora e que dá origem a algumas queixas no Tripadvisor. Foi o melhor que fiz, porque consegui dormir sem problemas. Escolhi este hotel pela localização (pertinho do Grand Palace), pelos bons comentários ao pequeno-almoço (café da manhã) e pela piscina panorâmica. Mas lá está, nunca tive tempo de tomar banho, logo podia ter poupado na estadia indo para um hotel sem piscina. Paguei 27 euros por noite por um quarto de casal bonito e espaçoso, com casa de banho privada e pequeno-almoço incluído. Mas assim que punha um pé na rua, era abordada por 37 pessoas a perguntarem se queria comprar roupa, CD's, malas de viagens, selfie sticks, postais, roupa, excursões, passeios de tuk tuk, massagens, snacks, refeições.... Enfim, não me imagino a passar muitos dias neste caos de vendedores ambulantes, condutores de tuk tuks e turistas alcoolizados. Mas para duas noites apenas até foi divertido.
Em Bangkok é perfeitamente possível dormir em locais decentes por menos 15 euros a noite. Se lá voltasse, preferia ficar dois quarteirões ao lado, a menos de 10 minutos a pé, na pacata Rambuttri road, uma rua pedonal comprida e animada, sem ruído de carros, tuks tuks e música estridente, e com muitos restaurantes, bares e casas de massagens, tudo com decorações bonitas e um ar bem acolhedor. Assim, poderia tomar "banhos de multidão" e "gente louca" logo ali ao lado, e depois descansar num lugar mais tranquilo. Para a próxima, já sei. Rambuttri Road, sem qualquer hesitação.
A última noite em Bangkok foi passada no hotel Retro 39 |
O Hotel Retro 39 fica numa zona totalmente distinta de Bangkok que, por vezes, faz lembrar Tóquio ou Singapura. Um contraste tremendo com a zona antiga. É uma zona de arquitectura moderna e prédios altos, servida por um comboio de superfície, com écrans gigantes nas ruas a passar publicidade e muitos centros comerciais grandões. Não fazia ideia, mas este hotel ficava em pleno bairro japonês, rodeado de lojas de artesanato nipónico, casas de Karaoke, escolas de artes marciais e restaurantes de sushi. Foi uma boa surpresa porque, quem me conhece, sabe que sou louca de paixão pelo Japão.
Um budista a aguardar pelo sky train. Adoro estes contrates. |
O "sky train"da zona moderna. |
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