Comer bem e barato em Nova Iorque


A Deli mais próxima do Hotel Pennsylvania

Katzs Delicatessen, no 205 da East Huston St. Provavelmente o cachorro quente
e a pastrami sandwich mais lendários da cidade. Preços muito simpáticos e doses
bem generosas que chegam perfeitamente para dois estomâgos lusos.

Quem me conhece sabe que se há coisa que eu gosto de fazer é de comer. E Nova Iorque é um paraíso de sabores que nos permite experimentar comidas de variadas partes do mundo. E sem gastar fortunas, muito pelo contrário. Quem viajar com os tostões contados, tem sempre as Delis, mercearias de bairro que oferecem um buffet variado de comida a peso e onde podemos matar saudades da sopinha, que nem sempre é fácil de encontrar. Mas aviso já que ao fim de três dias a comer em Delis, a comida começa a saber toda ao mesmo... Mas lá que dá jeito levar uma caixita de comida para o quarto quando estamos de gatas depois de um dia inteiro a caminhar, lá isso dá. Até porque muitas estão abertas 24 horas por dia.
Como alternativa, temos os restaurantes italianos e os orientais que são bastante acessíveis, de um modo geral. E claro, estamos no paraíso da fast food. Tropeçamos em carrinhos e roulottes de cachorros e hamburgueres por todo lado. Curiosamente, muitos deles têm placas a a dizer o mesmo "Best burger in Town". São todos os maiores. "Best cheesecake in town". "Best Bagel in town". De certeza que há quem caia na esparrela.... Mas, enfim,  para quê comer fast food se é possível ir a locais decentes, e comer sentadinha, com pratos de louça e talheres de verdade, sem gastar muto dinheiro?

Um dos muitos vendedores de Pretzels.Gosto do contraste
da massa insonsa com as pepitas de sal na cobertura.
Restaurante Ucraniano em East Village. Não impressionou.

Já levava de Portugal uma lista de locais onde gostava de ir comer, embora não fizesse questão de a seguir à risca, que nisto das viagens o acaso é sempre bem-vindo. Mas dos locais que tinha em mente, queria pelo menos conseguir riscar dois da lista. E consegui. Fui a um restuarante ucraniano e a um venezuelano, ambos em East Village. E ainda fui a vários tailandeses e comi um brunch de domingo num mexicano. A ida a um chinês para comer dim sum é que não convenceu o M., tive mesmo pena... É que tinha um debaixo de olho que o Anthony Bourdain (amo de paixão!) até recomendou num programa sobre comida económica na cidade... chuif. Mas, enfim, viajar a dois também é fazer algumas cedências. Serve-me de consolo ter descoberto recentemente um restaurante chinês ma-ra-vi-lho-so em Oeiras ( a 20 minutos de Lisboa), e especializado em dim sum, onde até há famíilias de chineses sentadinhas a comer.

Restaurante Tenda bistro, em Brooklyn Heighs, na Rua Montague, nº 118.
Um acaso feliz, com uma ementa gigante de pratos asiáticos entre os 8 e 12 dólares.

Thai Beef com bróculos. Aprovadíssimo!
Além de comer em vários restaurantes asiáticos, fui a um venezuelano e a um ucraniano, ambos em East Village. No Arepa Caracas Bar, o prato da casa são as arepas, uma massa estaladiça que lembra uma óstia gigante e onde é colocado um recheio à nossa escolha. Escolho o menu arepa + sopa ou salada por 7.85 dólares. A decoração deste mini-espaço é um mimo! E precisamente por ser um espaço pequeno,  fiquei pouco à vontade para fazer fotos. Mas há sempre o site para ficar com uma ideia.

Arepa Caracas Bar em East Village, no nº 91 da Rua 7.

Tad's Steaks, um restaurante que serve apenas bifes de diferentes partes da
vaca. Há vários na cidade, este fica na rua 34 com a 7ª Avenida. É mediano, em 
qualidade e pratica bons preços tendo a conta que a carne é boazita.

Em Nova Iorque existe o culto do brunch ao domingo, embora em termos de variedade/preço a oferta não chegue aos calcanhares da oferta de Berlim. Ainda assim, fui parar a um mexicano por puro acaso enquanto procurava na 9ª Avenida um local para almoçar. Percebi que esta avenida tem muitos restaurantes e , por ser mais afastada das zonas mais turísticas, é mais calma e mais genuína. Foi assim que dei com o Arriba Arriba, ou com um deles, já que existem mais dois na cidade.



Para terminar, recomendo vivamente fazer, pelo menos, um jantar em Meatpacking District. Já tinha ido duas vezes a NY mas nunca tinha visitado este bairro à noite. Parece que a "beautifull people" da cidade vem toda aqui parar. A verdade é que me cruzei aqui com os homens e mulheres mais deslumbrantes que alguma vez tinha visto ao vivo e a cores. Eram de cair para o lado de tão bonitos e bem arranjados. O quarteirão, porque o bairro não passa de um conjunto de cinco ou seis ruas que rodeiam o mercado da carne, cheira a dinheiro que tresanda. Abundam as lojas de novos estilistas e de estilistas já com algum sucesso e muitos restaurantes com design e à média-luz. Acabei por entrar num tailandês  - o SEA - com um ambiente fantástico, uma decoração ultra-acolhedora, músíca um pouco alta demais e uma ementa variada em oferta de pratos e de preços. Tanto tinha pratos a 10 dólares como a 40.  E lá dentro, estava-se quase às escuras, sem exagero. O que me valeu foi ter um telemóvel com lanterna para conseguir ler a ementa. 

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