Algumas lojinhas em Chinchon

A loja mais castiça que encontrei, embora não vendesse nenhum dos "artigos estrela"
da vila: anis, alho e pão com formas originais (a massa lembra as nossas regueifas
do Norte de Portugal).
A Plaza Mayor está repleta de bares e restaurantes convidativos, muitos deles
com esplanadas e mesas nos balcões superiores.



Os doces típicos lembram a nossa doçaria de Natal, filhozes, rabanadas (leche frita),
coscorões (torrijas) e afins. Tudo muito saudável, portanto.

Loja com artigos giríssimos em ferro forjado

Escapadela a Chinchon para ir ao Parque da Warner Bros

Chinchon é uma vila para descobrir a pé. Ao percorrer as suas ruas estreitas e empedradas
(atenção ao calçado), vamos encontrando  igrejas, conventos e casas brasonadas.

Foi aqui, na Plaza Mayor, que foi filmado um célebre anúncio da Coca-Cola
com várias vedetas, entre elas o Figo, a jogar futebol. Para rever aqui.
Chinchon é uma vila apetitosa, a cerca de 45 minutos de Madrid e a meia hora do Parque de diversões da Warner Bros. A visita ao parque foi o principal objectivo da viagem. Arranquei de Lisboa numa quinta-feira à noite e fiquei a domir em Elvas, para encurtar caminho. Depois fiquei duas noites em Chinchon, no Hostal Chinchon (simpático e acessível, mas numa rua pedonal, logo tive que atravessar a vila com as malas...)  e, no regresso, também para encurtar caminho, uma noite em Talavera de la Reina. Foi melhor assim para evitar grandes esticões a andar de carro. O balanço? Mais que positivo! Chinchon é muito pitoresca, tem vários arredores que vale a pena visitar e o Parque Warner superou as expectativas, com as suas montanhas russas fantásticas! Andei em todas.

Esta praça data de 1499 e mantém bem preservado o seu carácter medieval.
Hoje em dia, recebe um mercado todos os sábados, algumas touradas, de quando
em quando (as de Oûtubro são as mais famosas) e outras celebrações festivas.
Esta fonte outrora era utilizada pela população como lavandaria.
Da praça avista-se uma parte da Igreja da Nossa Senhora da Assunção, que domina a paisagem
A Torre do Relógio é tudo o que sobra de uma antiga igreja do séc. XV
Sabe bem abancar numa esplanada e assistir à "movida" de Chinchon.

Nova Iorque by night

Já que esta foi a terceira vez que fui a NY, aproveitei para conhecer a noite da cidade. Gostei, mas não é nada que se compare ao andamento de Berlim. OK, estive em Berlim no Verão, o que também ajuda a dar outro encanto à noite, principalmente nos locais à beira rio.
Em NY, fui a um clube nocturno no Soho assistir a um concerto de uma banda da editora Weird Records. A banda era gótica, tal como o ambiente do Club - Home Sweet Home- e a maior partes das pessoas que por lá andavam. O porteiro era um autêntico clone do vocalista dos Cure, impressionante. Gostei da decoração do espaço, sinistra, com um balcão de bar repleto de objectos estranhos, paredes de tijolo e uma iluminação fraca e pardacenta.


Noutra noite, fomos ver um concerto de Simian Mobile (ver vídeo) a uma mega-discoteca no bairro de Hell's Kitchen- o Terminal 5. Estava apinhado de gente de todas as idades, estilos e preferências sexuais. Mas ninguém fica especado a olhar para ninguém. Só mesmo eu é que estava a tentar disfarçar o meu fascinio pelas fatiotas de algumas drag queens que por lá andavam a cirandar e que emprestavam outro colorido ao espaço.


Não entrei neste sítio - o Roseland Ballroom - mas não resisti a tirar esta foto que até nem ajuda muito a perceber como estava concorrido na noite em que lá passei à porta. Estava a atravessar a Broadway a pé e vi tanta gente, mas tanta gente numa fila gigantesca que dava a volta a vários quarteirões, que achei estranho, fiquei curiosa e fui seguindo o fio à meada até perceber onde começava. Só tinha homens. Quase todos de bigode. E de t-shirt de manga à cava. Muitos deles, com calças de licra ou de cabedal. Nunca tinha visto tanto gay junto! Qual seria o concerto daquela noite? 
Ainda pensámos em ir também uma noite ao Cielo, outra discoteca super "in", no bairro de Meat Packing District (vale a pena vir aqui jantar!), mas acabou por nos faltar a energia. Os bares de Williamsburg, em Brooklyn,  também pareciam ser giros, mas não entrámos em nenhum. Tivemos de ser selectivos nas nossa escolhas porque as entradas nas discotecas são caras e as bebidas idem... E nalguns sítios, até só servem uma bebida por pessoa. Algo impensável em terras lusas.

Uma tarde em Brooklyn

Gelataria que consta da rota de muitos domingueiros de NY e arredores.
Depois de provar os gelados italianos, nem senti a tentação de provar os americanos
Bar lounge
Manhattan até parace gira vista ao longe. Mas prefiro a versão by night.
É giro estar nestes banquinhos uma meia hora, pelo menos, a observar quem passa,
a escutar as conversas das "nannies" e a assistir a um frenesim constante de helicópteros,
do outro lado do rio, nos seus passeios turísticos sobre a a ilha.

A meio da tarde, é impressionante a quantidade de "nannies" afroamericanas
que vemos a tomar conta de crianças brancas.


Jardim em frente a um campus universitário



Mais uma loja de música, em Williamsburg, onde passámos algum tempo.



Restaurante em Williamsburg

A vista de Manhattan, mas a foto não faz jus ao espectáculo em que a cidade se revela à noite. 
O melhor de Brooklyn foi sem dúvida o passeio no bairro de Williamsburg que ganha uma nova vida à noite, com os seus bares e restaurantes acolhedores e lojas alternativas. É uma espécie de Bairro Alto lá da zona, onde vivem jovens músicos e artistas sem cheta para pagar as renda do lado de lá do rio. O metro chega até aqui, mas não há transportes desde o final da ponte de Brooklyn até este bairro, tive de vir de táxi. E gostei tanto, que voltei à noite para encontrar um ambiente completamente diferente e muito, muito convidativo. Mas só a vista para Manhattan já valia a viagem!

Travessia a pé da ponte de Brooklyn

O Pier 17 tem lojas, restaurantes, bares e esplanadas.

Meti na cabeça que desta vez iria atravessar a ponte de Brooklyn a pé. E atravessei mesmo. Depois de um banho de multidão na 5º Avenida, devido aos festejos esverdeados do St. Patricks Day, soube bem atravessar calmamente a ponte, desde Manhattan até Brooklyn. A coisa faz-se em cerca de 25 minutos, com paragem para fotos. E é curioso que a cidade se vai tornando mais interessante quanto mais a observamos ao longe. É a minha opinião, vale o que vale. Para mim, a cidade durante o dia não tem grande encanto. Mas de noite, e vista de Brooklyn, lá que tem a sua magia, tem.