Singapura: Mercado Lau Pa Sat





Depois de ler no Guia American Express sobre a variedade de comida que se podia provar num antigo mercado de estilo vitoriano adaptado a praça de restauração, nem heistei na hora de dar ao dente. E gostei tanto do Mercado Lau Pa Sat que lá voltei maus duas vezes. Importa referir que este mercado tem mais de 150 anos e foi eleito monumento nacional.
De dia, é bastante agitado com um mix de locais e turistas a fazerem filas para pedir comida. E há de tudo para  todos os gostos. Sendo Singapura um "melting pot" que combina chineses, indianos, malaios, tailandeses e filipinos, entre outros, a comida é do mais variado que vi num só local: desde chamuças, a vários tipos de caril, sushi, pad thai, ramen, espetadas satay, pato lacado, etc. Deu para experimentar alguns dos pratos típicos de Singapura e outros de origem indiana e a malaia. E em pouco tempo já estava a dominar os termos locais e a pedir alguns pratos pelos nomes. Quase todos levam o termo "mee" que signfica "massa" ou "nasi" que significa arroz. Também visitei o local à noite e é bem mais "sogadito", pouca gente e muito estaminé fechado. Mas a rotatividade de refeições durante o dia inspirou-me confiança. E os preços também são bastante acessíveis com muitas das refeições a rondarem os 5 euros. Se um dia voltar a Singapura, estou cá caída outra vez. 


Caril de grão de bico, um prato vegetariano
Chicken Satay

Na Chinatown de Singapura

Thian Hock Keng Temple (1839), o templo chinês
mais antigo de Singapura, construído por marinheiros





Muitas das casas estão pintadas com cores fortes

Na Chinatown de Singapura, vale a pena passear pela Temple Street onde existem mesquitas, templos hindus, templos budistas, pagodes, lojas de roupa, artesanato, cerâmica e antiguidades, restaurantes, e pequenos edifícios com lojas ao nível da rua no cimo das quais vivem as famílias às quais pertencem.  Na Tanjong Pagar Road e na Duxton road, as fachadas foram restauradas e é engraçado ver o contraste destas casas antigas com os edifícios modernos da cidade. Embora não me tenha apercebido de tal, talvez por lá ter ido de dia, consta que alguns destes edifícios são casas de ópio e bordéis..Também nos vamos cruzando com vários mercadinhos de fruta e legumes. Não pesquisei as bancas de carne e peixe com muita atenção ou teria, muito provavelmente, visto que coisas que não queria... Mas tive uma boa surpresa. num dos pequenos mercados por onde passei, estava um chinoca a vender "portuguese custard pies". Isso mesmo, os nossos pastéis de nata!

Singapura: Raffles Hotel

Uma quarto duplo neste hotel pode custar entre 300 e 1100 euros por noite




O primeiro lugar que fui visitar no segundo dia em Singapura foi o Hotel Raffles, construído em 1887, e classificado como monumento nacional. Visitá-lo é recuar ao tempo do colonialismo britânico, sem ter pagar para fazer esta regressão. O Hotel vários pátios interiores, alguns deles com jardim, e o seu bar é muito concorrido graças uma bebida que lá foi inventada e que se tornou um símbolo da cidade, o sling sling. Enfim, uma bela jogada de marketing. Além do bar, o hotel dispõe de vários restaurantes, uma Academia de Culinária e um Museu. O Hotel deve o nome ao homem que mandou construir este edifício, Sir Thomas Raffles Stamford Bingley Raffles (1781-1826), o fundador de Singapura. Deve ser fantástico ficar aqui alojado. 


Viagem a Singapura e à Malásia

OK, já passaram três anos desde que fiz esta viagem, mas na altura não tinha blog e apetece-me contar como foi a experiência, até porque foi das viagens mais giras que fiz, embora até agora nada supere a minha ida ao Japão (um dia destes também conto como foi). Imaginem que têm um cheque viagem daqueles bem gordos na mão e que podem escolher qualquer lugar no mundo para visitar em duas semanas. E digo duas semanas porque foi o limite que impus a mim mesma para ficar longe das minhas crias. Adoro viajar mas sinto-me sempre algo incompleta quando não as levo comigo. Mas para o tipo de viagem que era, seria um desperdício, ainda não apreciam.
Ora em duas semanas, para serem bem aproveitadas, não convinha fazer viagens de mais de 15 horas de avião. Comecei por escolher o continente e fui parar à Ásia. Pensei no Vietname, mas duas semanas é pouco, seria uma correria louca. Depois pensei na Tailândia e na Malásia. E quando percebi que podia fazer a Malásia continental de carro, já que é um área relativamente pequena e um país seguro, nem hesitei. Tinha também a vantagem de poder usar dois aeroportos sem custos extra, começando a viagem em Singapura e regressando por Kuala Lumpur. Marquei a viagem com uns três meses de antecedência o que significa que tive várias semanas para andar entretida com os planos e a sorver informação. Dado o percurso que escolhi, o risco de apanhar malária era muito baixo pelo que nem fiz tratamento. Levei umas picas para febre tifóide e hepatite e mais nada.


A máquina fotográfica era nova e eu, maçarica, tirei
todas as fotos com data, sem dar por isso...
Esta foi tirada num mercado em Singapura

Foi este o trajecto da viagem: 3 noites em Singapura, 1 noite em Malaca, paragem nas caves Batu a caminho das plantações de chá de Cameron Highlands onde fiquei 1 noite, 1 noite em Kuala Besut, 1 noite nas ilhas Perhentian, paragem na ilha de Kapas a caminho de Kuala Terengganu onde fiquei 1 noite, 2 noites em Cherating para ir tomar banho de pirilampos (inequecível) e 2 noites em Kuala Lumpur.

Voei com a KLM e cheguei a Singapura por volta das 16h00 da tarde. Fiquei no Hotel Summerview que escolhi pela boa relação preço/qualidade (cerca de 80 euros por noite, o que para Singapura é bastante razoável) e pela localização, já que dava para ir a pé para quase todo o lado. Foi só pousar as malinhas no quarto e ala que se faz tarde, fomos logo fazer o reconhecimento da zona. Quase em frente ao hotel encontrei um mercado, um dos locais que mais gosto de visitar, especialmente em locais exóticos pelas coisas diferentes que podemos encontrar e provar. Ataquei logo umas mangas de uma variedade que não conhecia e na qual fiquei viciada ao longo de duas semanas. E claro, vi um monte de coisas que não consegui sequer identificar. 

Depois do mercado, deambulámos pelas ruas sem rumo certo, ao sabor do acaso. Fomos esbarrando com templos budistas e hinduístas e ficando pasmados com o colorido do décor quase infantil dos segundos. E é claro que acabámos por entrar nuns quantos templos, tentando decifrar os rituais a que iamos assistindo. Entretanto, começou a anoitecer e Singapura ganhou outro encanto. 





Sempre bem iluminados à noite, os templos não podiam ser mais chamativos.