Cidade colonial de Izamal

Bemdito o momento em que optei por fazer mais uns 70 km, depois de ver as ruínas de Chichen-Itza, para ir a Izamal, ver a vila amarela dominada pelo mosteiro franciscano que os espanhóis ali construiram com mão de obra forçada dos maias..


Mosteiro Franciscano

Xcaret

Não tenho quase fotos nenhumas de Xcaret. A única coisa de que gostei neste parque (que não é nada barato, atenção!) foi do show nocturno de danças tradicionais. Este sim, vale a pena, pois pemite ficar com uma ideia da história dos Maias, ver simulações de jogos tradicionais, danças folclóricas e canções típicas de todo o México.
Se soubesse o que sei hoje, só lá tinha ido à noite. De resto, é das coisas mais artificiais que já vi, com direito a plantas de plástico nalguns dos túneis (artificiais) que simulam cursos de rio. A verdadeira banhada! Até a praia privativa do recinto tem um ar super postiço....As crianças até podem gostar. Mas não vale o dinheiro! Vale mais procurar cenotes de águas pouco profundas onde ir nadar. Os mais corajosos, podem mesmo fazer mergulhos que permiotem andar numa das muitas grutas que abundam nestas bandas.  Algumas metem respeito. Muito respeito, ora vejam: http://www.youtube.com/watch?v=0CiE_gmITK4

Ruínas Maias de Tulum

Uma localização privilegiada
Convém saber que as iguanas andam por TODO o lado. Felizmente, são inofensivas


 Do meu hotel até às ruínas de Tulum eram cerca de 20-25 minutos de carro. Fui lá ao final do dia, quando já estava menos calor. Mas ficam já a saber que, se quiserem, podem levar de fato de banho e toalhas porque o parque de Tulum tem uma praia privativa linda de morrer! Muita gente não sabe.

Riviera Maia: surpresas e desilusões

Se Chichen-Itza foi uma desilusão, principalmente devido ao melganço permanente dos milhentos feirantes que existem dentro do recinto (Por favor! Como é que permitem tal coisa?), as ruínas de Coba superaram as expectativas! Zero feirantes, zero carrinhas de excursões atrás de guias com guarda-chuvas abertos.. . Apenas as ruínas e muito, muito verde em nosso redor! Mas atenção, as distâncias entre as várias ruínas são bem maiores do que em Chichen-Itzám.  Quem se cansa facilmente, devechamar um riquexó por uma quantia bastante aceitável para fazer um tour sentadito.

Pântano à entrada de Coba
Crocodilo no pântano. Nunca se mexeu enquanto o observei.
As más línguas diziam que era pago pelo turismo.
Uma das pirâmides maias mais altas do Mundo
O parque de Coba é lindíssimo e a vista do topo da pirâmide é deslumbrante: um manto enorme de floresta polvilhada de lagos pantanosos. Atenção aos degraus.... São íngremes como o raio! Não aconselhável a cardíacos...
Mais à frente, outra grande desilusão - o parque temático de Xcaret - e uma boa surpresa- a vila colonial de Izamal.

Chichen-Itza, um grande shopping ao ar livre

Feirantes por todo o lado. E dos chatos....
A pirâmide principal onde, todos os anos, a 23 de Março, é possível assistir a um fenómeno curioso:
a sombra da serpente Kukulkan a ziguezaguear pelas escadas. Deve ser giro de ver.
Observatório astronómico
"Chichen-Itza Mall". Uma praga.



O cenote onde se sacrificavam criancinhas....
O campo de "futebol"

Valladolid

Cenote de Valladolid

Catedral de Valladolid

Indígenas a vender artesanato


Durante a estadia no México, aluguei carro por 3 dias e fui ver vários sítios que, em excursão e a multiplicar por 3,  ficaria algo dispendioso com a limitação de ter que andar em "procissões" de autocarro e a parar onde e quando lhes convém. Num dos dias, fui a Chichen-itza e a meio do caminho parei em Valldaolid para ir ver a catedral e espreitar o cenote da cidade. Em tempos, este cenote abastecia a cidade de água. O México está cheio de grutas e de cenotes- lagos que fazem ligação a cavernas. Em muitos deles pode-se tomar banho. Confesso que a ideia de nadar em lagos com centenas de metros de profundidade, como é o caso de alguns, não me atrai minimamente...

Xel-ha, um dia mágico!

A lagoa de xel-ha

Loja de artesanato local

Zona de descanso
Piscina dos golfinhos

Um dos pontos altos da minha viagem ao México foi sem dúvida, ir a Xel-Ha. Existe outra lagoa ali perto, a lagoa Yal-ku, em estado selvagem, para onde se pode ir também para fazer snorkeling. Mas esta tem todas as comodidades: passeios e inúmeras zonas de acesso à lagoa, balneários, trilhos que passam por cenotes, zonas de descanso, restaurante, esplanadas....Pagava-se cerca de 70 euros por pessoa para um dia.. Upa, upa, puxadote! Por isso mesmo, fui para lá assim que abriu, às 9h00 da manhã e fui das últimas a sair, pelas 19h00. Mas depois temos cacifos, coletes e máscara de snorkeling e comida à descrição. O almoço buffet foi a melhor refeição que tive na viagem! Picanha, mil tipos de salada, frutas tropicais...A comida era tão boa que me deixou a pensar "Que se lixe, vou comer e depois espero por terminar a digestão para voltar à água!". E que água! Cristalina, morna, cheia de peixes de várias cores e feitios! Também desci um curso de rio numa bóia gigante, passando por manguezais, vendo passarada exótica pelo caminho, e nadei com golfinhos. Uma experiência que não vou esquecer! Não admira pois que as horas tenham passado a voar!
Nessa noite, dormi profundamente que nem um anjinho. E com um sorriso nos lábios, seguramente :-)

Riviera Maya

A praia do resort Bahia Principe
A minha ida ao México foi engraçada. Andava a planear uma viagem ao Brasil. Apetecia-me imenso ir a Porto Seguro, Arraial da Ajuda e a Trancoso, Isto passou-se em finais de Março de 2008. Seriamos 3 pessoas a viajar, 2 adultos e 1 criança. Mas a criança pagava tal qual como um adulto na viagem ao Brasil. Na mesma altura, o México estava em promoção e as crianças não pagavam. Resulltado: uma semana no Méxiico em hotel cinco estrelas em regime TI ficava pelo mesmo preço que uma semana no Brasil numa pousada só com pequeno-almoço, Embora eu seja mais do tipo "pousada" e menos do tipo "resort", devo dizer que não me arrependi nadinha da escolha que fiz.
Fiquei no Hotel Bahia Principe Coba. Uma mega-resort onde tudo funciona tão bem que nunca nos sentimos "apertados" em lado nenhum. O resort é muito amplo, desafogado, tem "n" piscinas, zonas de estar, vários restaurantes (italiano, mediterrânico, japonês, italiano. francês) e um eficiente sistema de transporte: estão sempre a circular carrinhos eléctricos silenciosos (autênticos carrinhos de golfe)  para nos transportarem de um lado para o outro dentro do resort. Só foi pena não ter podido ficar 2 semanas. É que entre desfrutar do hotel ao máximo ou ir conhecer vários pontos de interesse.....eu escolhi a segunda hipótese. É que há tanto para ver...

A fazer o TPC!

Adoro! A fase pré-viagem é quase tão boa como a viagem em si. Estudar o destino e arredores, excursões que existem em redor (para depois alugar carro e as fazer por conta própria, é claro) pesquisar dicas de quem já lá foi, ler apreciações sobre os hotéis no tripadvisor, procurar videos no youtube... É um trabalho que nunca acaba até porque quando termino uma viagem já estou, regra geral, a pensar nas próximas! Até já tive o TPC todo feito para ir a determinado sítio e depois o destino trocou-me as voltas e não fui. Mas, entretanto, a informação já ficou registada no meu "disco duro".
Ultimamente, tomo notas de tudo o que faço num caderninho e ando a fazer uma base de dados com hotéis baratos e bons de todo o Mundo. É pois natural que tenha tantos amigos e familiares a pedirem-me para lhes traçar planos de viagem, algo que faço com enorme prazer!  (O dinheiro que eu ganhava se tivesse uma agência...) A facilidade em fixar coisas é tal que chego mesmo a lembrar-me de nomes de hotéis, ruas e monumentos muitos anos depois de lá ter estado. Planeei recentemente uma viagem ao Japão para uns famíliares e, para meu espanto, tinha os nomes todos das ruas, estações de comboio e arredores vistáveis na ponta da língua! E já passaram  cinco anos desde que lá fui! Chama-se a isto "memória selectiva"!

Cagliari

Vista do bairro de Castello, no topo de uma colina fortificada

Castello é o bairro mais antigo da cidade e tem vários palácios e torres de vigia imponentes
A Catedral de Santa Maria, construída entre os séc. XI e XII pelos pisanos

Não resisti a captar esta mensagem carinhosa
À noite, neste terreiro- Bastione San Remy - é montado um bar-lounge com uma vista privilegiada sobre a orla marítima e zonas pantanosas.

Cagliari foi construida por pisanos e aragoneses
Cagliari foi um dos porto mais importantes do Mediterrâneo. Por aqui  passaram os Fenícios, entre os séc. VIII e VI a.C, nas viagens que faziam entre a Península Ibérica e o Líbano.. A cidade fica "entalada" entre o mar, lagos e um pântano gigantesco - o Molentargius -  repleto de salinas e local de passagems de muitas aves migartórias de África. Podemos ver, facilmente, a olho nu, garças, perna-longas, corvos-marinhos, alfaiates e flamingos. Muitas destas aves vêm aqui nidificar. Ainda bem que a malária foi erradicada da Sardenha nos anos 60 (sim, é verdade, nos anos 60...) porque estes pântanos são o paraíso da mosquitada....
AOutra zona que vale a pena ver é a rua paralela ao cais, a Via Roma, está cheia de edifícios do séc. XIX com arcadas que alojam galerias comerciais e trattorias. Entre estes edíficios, existem imensas ruas estreitas, perfeitas para nos perdermos em passeios sem rumo certo. Vale a pena ir espreitar o anfiteatro romano do séc. II d.C, a noroeste do centro da cidade. Foi todo escavado na rocha e um sistema engenhosos de canais permitia encher a arena com água. Num dia, dá para ver a cidade e ainda terminar a visita com um banho de mar nas praias que ficam nas imediações da cidade.

Ainda sobre Villasimius

Além de ter praias de babar, algumas delas com pouca gente, como a Cala Sinzias e as praias da Costa Rei e de Muravera, em Villasimius as pessoas são simpáticas, a comida é boa e a noite é super animada com as lojas a colocarem estaminés no lado de fora, pessoas a tocar e, claro, gelatarias porta-sim, porta-sim. Cagliari está a menos de uma hora de carro e a estrada que faz esta ligação tem vistas fabulosas!

Nos arredores de Villasimius, e por toda a Sardenha, existem vários monumentos megalíticos, vestígios dos primeiros povos que habitaram a ilha. Também se encontram vestígios de fenícios, cartagineses, romanos, bizantinos, árabes, espanhóis e saboianos. Uff....

Quem gosta de andar de barco, pode fazer um passeio à ilha Serpentara ou à ilha Cavoli mas nada que se compare ao passeio de barco que se faz na Costa de Orosei, que é bem mais interessante. Não há muito mais para fazer nesta zona além de praia pelo que o melhor será alugar carro e escolher todos os dias uma praia diferente. Quase todas as praias têm uma torre de vigia antiga, construída pelos espanhóis em locais estratégicos de modo a garantir que uma torre conseguiria sempre estar visível para as torres imediatamente antes e depois e assim poderem comunicar entre si. Ao que parece, e antes de existirem as torres de vigias, esta ilha e outras do mediterrâneo (as baleares, a Sicília e a Córsega) era muito visitada por piratas que aqui encontravam muitas enseadas perfeitas para brincar às escondidas. Como existem poucas auto-estradas, não dá para nos afastarmos muito da base. Mas se nos afastarmos apenas alguns kms da vila, encontramos facilmente praias lindas de morrer e com pouca gente. Sim, não estamos na costa Esmeralda que é bem mais concorrida pelo turismo e também mais carota. Esta é uma zona ainda relativamente pouco explorada pelo turismo. Os Ronaldos & Cª preferem a costa nordeste, ali para os lados da Villa Certosa. É toda vossa, amiguinhos.

Villasimius, no sul da Sardenha

Flamingos na lagoa de Porto Giunco
Fortezza Vecchia na marina de Villasimius

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Marina de Villasimius
As estradas na costa de Villasimius têm vistas deslumbrantes
Praia de Porto Giunco com a sua torre de vigia aragonesa



Pasta típica - Malloreddus

A Sardenha, como de resto toda a Itália, tem uma cozinha riquíssima. Tem até um queijo - o Marzu  - que tem tanto bolor que pode mesmo dar origem a uma reacção secundária um bocado chata, como por exemplo....ir desta para melhor! Trata-se de um queijo de ovelha que está podre no verdadeiro sentido da palavra. Ou seja, contém bactérias e larvas que, com um bocado de sorte, podem ser vistas em movimento, passeando de um lado para o outro. Aliás, convém que as larvas estejam bem vivinhas ou o queijo poderá tornar-se tóxico. Não admira que seja considerado o queijo mais nojento do Mundo e que a sua venda esteja proibída! Para o encontrar, há que procurá-lo no mercado negro.  Saibam mais e vejam a imagem desta "nojice-gourmet" aqui .

 Mas eu gosto sempre de provar as comidas tradicionais dos locais que visito e queria mesmo era provar o queijo Pecorino - que não me impressionou por aí além - e a pasta típica da Sardenha - o Malloreddus. Mas quando o prato de massa chegou à mesa, ficou quase intacto... As massas eram tal e qual um monte de vermes ensanguentados em molho de tomate...Blhérquee.....

Passeio de barco na costa de Orosei

Este passeio pela costa de Orosei foi o ponto alto da primeira semana de férias. As praias nas imediações de Arbatax eram bonitas mas não correspondiam à imagem que fazia da Sardenha: água azul cristalina, tipo piscina. Fiquei depois a saber que, nesta zona, as praias mais espectaculares têm de ser visitadas de barco, quase todas. E foi o que fiz num passeio de cerca de 8 horas, com paragens de 1 a 2 horas em várias praias de babar; Cala Goloritze, Cala Luna, Cala Gonone...Besliquem-me, por favor!


A costa é muito agreste, com escarpas enormes onde abundam carradas de ninhos de aves marinhas.



A temperatura da água é agradável. Morna, mas ser ser  uma "sopa", ou seja, cumpre bem a missão de refrescar.Ah, e convém levar farnel porque algumas praias não têm nada de nada.

Apartamento em Arbatax (Sardenha)

Na primeira semana, fiquei num apartamento de um aldeamento que encontrei na net. Gostei das fotos que vi no site, procurei os comentários do tripadvisor (favoráveis, por sinal) e decidi arriscar. O sítio correspondeu às expectativas! O apartamento era catita, com uma zona ajardinada privativa nas traseiras, com mesas e cadeiras para comer ao ar livre, e a frente virada para a piscina (sempre limpa!), onde existe um bar que serve refeições rápidas. O aldeamento chama-se Borgo degli Ulivi e para lá ficar convém alugar carro porque a "movida" da zona fica a uns 2 ou 3 quilómetros de distância e a praia também.

Foi aqui, em Arbatax, que dei início a um ritual que se viria a repetir todas (!) as noites ao longo das férias, para grande satisfação das papilas gustativas: experimentar um sabor novo de gelado ou uma gelataria diferente. Dieta? Qual dieta? É que não vou ao país dos gelados todos os dias, atenção. E se eles sabem fazer gelados! Até os fazem nas versões dietéticas, sem lactose, sem ovo... Enfim, não há desculpas para ficar sem os provar. E a tentação está, literalmente, ao virar de cada esquina... Obrigada Marco Polo por teres levado a receita dos gelados da China para Itália!

Há um ano atrás na Sardenha

Marina de Arbatax
No ano passado as férias grandes foram passadas na Sardenha. Uma semana em Arbatax, a meio da costa este, e uma semana em Villasimius, na ponta sudeste da ilha. A minha ideia era tentar ver o máximo possível com base nestes dois pontos mas... a ilha é bem mais montanhosa do que imaginava e não fiz mais do que uns 70 quilómetros para norte de Arbataz, em estradinhas onde convém levar fraldas... Sempre à beira do precipício...

As férias também se poupam

Há pessoas que gostam de tirar as férias todas no Verão. Algumas chegam mesmo a fazer a loucura de marcar 3 semanas seguidas de férias e ainda gastam a quarta pouco tempo depois, ainda no Verão. Por um lado, deve saber lindamente fazê-lo. Quem o faz  usa, frequentemente, o argumento de ser necessário todo este tempo para desligar da rotina. Ufff! Ainda bem que me consigo desligar logo ao segundo dia! É que desligo mesmo. Bem sei que deve ajudar bastante o facto de nunca repetir o mesmo local nas férias. Mas tirar férias 3 semanas seguidas? Mmmm...não me parece. Só de pensar nisso, começo logo a sentir falta de ar...
É tão bom ter dias de sobra para encaixar estrategicamente entre pontes. Para poder decidir de repente que me apetece fazer uma escapadela a algures. Os dias que sobram são, literalmente, uma luz ao fundo do túnel. Uma luz que me permite sonhar que vou aqui ou acolá, planear trajectos, pesquisar destinos... Enfim, permite-me sonhar acordada.. É optimo! E é grátis.

CHINELAR


É o meu verbo preferido no Verão e faz-me, automaticamente, pensar em férias. Que bom que é andar a chinelar por aí fora, com o pé ao léu,  roupa leve que mal se sente no corpo, sem bijutaria e sem ponta de maquilhagem. Eu chinelo, tu chinelas, ele chinela....