Concordo plenamente. Não há dinheiro mais bem gasto do que a viajar. Aliás, ando em pulgas para gastar umas massas a partir de Outubro e ver se ainda este ano vou a um destes destinos:

Florianópolis- Tenho família no Rio de Janeiro (estadia grátis) e assim numa só viagem revisitaria o Rio (a a cidade mais linda onde já estive e com um bom astral que é qualquer coisa) e ia ver as praias de Floripa e explorar as raízes açorianas da população. Mas o real está upa-upa (puxadote) e a brincadeira não ia ficar nada barata...

Goa e Kerala: Tenho vontade de conhecer os sítios por onde os descobridores portugueses andaram. E Goa, além de ter vários vestígios da passagem dos tugas, tem um custo de vida muito baixo e dá para combinar praia com passeios, coisa que adoro fazer.

Istambul: Ainda não conheço esta cidade por uma simples razão: os voos directos com saída de Lisboa chegam a Istambul de noite e regressam de manhã bem cedo, ou seja, são dois dias que vão para o galheiro. E eu sou muito poupadinha quando se trata de marcar dias de férias.... Se as opções de cima não forem viáveis, é desta que vou a Istambul. O TPC já está feito há muito tempo.

E se pudessemos escolher quem viaja ao nosso lado no avião?


Soube recentemente que a KLM começou a disponibilizra um serviço que permite a quem faz uma reserva escolher ao lado de quem é que se vai sentar no avião. Como é que isto se processa? Simples, através da partilha de perfis de facebook e do linkedin numa área do site. O serviço chama-se "Meet & Seat". Estive a ler sobre ele e, ok, só são partilhados dados de quem fez um pré-registo online. Acho a ideia engraçada do ponto de vista dos negócios. Pode aproximar desconhecidos que vão ao mesmo evento no estrangeiro, por exemplo. De início, antes de ler o site, confesso que fiquei intrigada. Será que havia invasão de privacidade? Qualquer pessoa poderia ficar a par de quem vai viajar no avião ao seu lado? Mas é claro que não é bem assim. E bem vistas as coisas, se temos de gramar com alguém durante horas a fio sentado a nosso lado num voo de longo curso, que seja alguém potencialmente interessante. Deixa de haver efeito surpresa, lá está. Eu que adoro um bom imprevisto, recordo-me como se fosse ontem de alguns passageiros que viajaram ao meu lado ou bem perto de mim. Não resisto a partilhar o meu Top 4 de acompanhantes surpresa:

- Em 1º lugar, está... o pequeno Saúl! Sim, o miudito com cara de reguila que cantava "O bacalhau que alho"... Foi na primeira vez que fui a Nova Iorque, na viagem de regresso. Estava ele no auge do sucesso e lá ia todo cheio de si, e com um à vontade descomunal, a dar autógrafos e a falar em alto e bom som, contando como tinham sido os seus concertos para os emigras. Parecia um homenzinho a falar com os adultos. Na altura, facturava bem e ainda não andava ao estalo com os pais...

- Em 2º lugar foi o regresso de Roma à conversa durante quase toda a viagem com um cardeal famoso que era uma curte!!! Simpático, brincalhão, contava anedotas e parecia ser tudo menos cardeal. Até me disse a mim e ao M. que da próxima vez qaue fossemos a Roma lhe podiamos ligar que nos arranjava uns quartos catitas e baratuchos no Vaticano. Lindo.

- Em 3º lugar, foi viajar com o Paulo Cardoso na cadeira à frente da minha. Paulo Cardoso, para quem não sabe, é um dos astrólogos mais famosos de Portugal. Foi um alívio ver o senhor à minha frente porque, pelo mesno daquela vez, soube logo antes do avião levantar que iria corer tudo bem. Só o facto dele estar ali, já era uma boa sina.

- Em 4º lugar, fez agora um ano, foi novamente no regresso de Nova Iorque apanhar um tuga de Trás-so-Montes que era porteiro num edifício de luxo em Manhatan,  junto ao Central Park, e que se enbesanou todo (e não pagou um tusto, tinha uma lata descomunal) e desbobinou as tricas todas do prédio! Como é que esmifrava as gorjetas aos ricaços, como é que algumas mulheres chifravam os maridos quando estes viajavam, com a cumplicidade dele, enfim, foi animadíssmo! O M. chorava a rir e eu só pensava no livro lindo que aquelas histórias todas davam...

Enfim, para mim, das melhores coisas que a vida tem é deixarmos o destino nas mãos do acaso e sermos surpreendidos pelo que a vida nos reserva. Sem pré-marcações.

Overdose no Congresso das Sopas em Tomar

Esta foi a XIX edição do Congresso das Sopas. Para o ano deve haver grande festa.


No fim de semana passado cumpri um desejo antigo. Há que séculos que andava a dizer de mim para mim que um dia tinha de ir ao Congresso das Sopas em Tomar. Mas sempre que ouvia falar do evento, já tinha decorrido. No ano passado fixei a altura do ano em que seria o próximo e apontei na agenda. É sempre em inícios de Maio. E foi desta que fui enfardar (desculpem, mas é mesmo termo certo...) sopas atrás de sopas, num autêntico festim líquido que nessa tarde me faria parar de meia em meia hora (quase) em casas de banho da região... Foi muita sopa para duas horas de Congresso (adoro o nome do festim). E mais seriam se tivesse chegado a horas mais decentes. Já passava das duas da tarde e alguns panelões já estavam vazios. Mas eram tantos os estaminés que ainda assim tinhamos muito por onde escolher. E eu, que sou uma sopeira de primeira (adoooooro sopa e é das coisas que melhor cozinho) tratei primeiro de fazer um tour de reconhecimento das barraquinhas todas para ser selectiva nas minhas escolhas. Brincas...



Não ia a Tomar há imenso tempo. Tinha uma ideia de algumas ruas, porque tenho excelente memória visual. Por isso, o Congresso foi um excelente pretexto para cirandar enquanto digeria umas oito ou nove variedades de sopa: sopa da pedra, sopa de couves doidas, sopa secreta, sopa de peixe (várias). Paguei 8 euros que me deram direito a um kit de congressista que fica para nós: taça, colher, copo e guardanapo. Depois, foi sorver daqui e de acolá entre cerca de 30 barraquinhas que representavam os restaurantes da região. A ideia é gira e quase todos nos ofereciam cartões com desconto. A água o pão, o vinho e o café também são grátis, tudo oferecido por marcas presentes no local, como a Vitalis e a Delta. Também oferecem pão e vinho. Ou seja, parece-me um preço justo, embora tivesse umas sugestões para melhorar a coisa: mais bancos corridos e música ao vivo. Mas aí, upa upa. o preço talvez fosse outro.








Achei esta ideia curiosa. Primeiro, reparamos nas enguias, tão quiduchas, dentro
do aquário. Depois, podemos... trincá-las na sopinha....




O cenário é agradável, o Congresso decorre  no mouchão (uma ilhota), em pleno centro de Tomar, numa zona verde por onde o rio serpenteia. Ou seja, se soubessemos (eramos 5)  comos nos iamos todos sentir depois do empanturranço, tinha levado uma mantinha para o esparramanço total no esplendor da relva. Isso é que era....

Hotel Evidência Santa Catarina


Ora aqui está uma ideia simples para dar nas vistas. Trata-se da fachada do Hotel Evidência Light Santa Catarina, uma unidade low cost junto ao miradouro do Adamastor, no bairro de Santa Catarina (Lisboa). Quem passava nesta rua não resistia a tirar uma foto ao edifício, fosse com máquina fotográfica ou com o telemóvel. É uma forma engraçada e low cost de espalhar a palavra.