Tóquio à noite é ma-ra-vi-lho-sa!



A Torre de Tóquio é uma das principais atracções turísticas da cidade. Foi construída em 1958 e tem 333 metros de altura, ou seja, mais 13 metros que a Torre Eiffel. É impossível não reparar nela porque enquanto passeamos pela cidade é frequente avistá-la. Desta vez, resolvi subir ao observatório principal, a 150 metros de altura. 

Vale a pena pagar 820 yenes (cerca de 8 euros) para ver a vista do primeiro observatório quando no obsercatório do Edifício Governamental de Shinjuku podemos ver a cidade gratuitamente? Vale pois, principalmente se fizermos pontaria para a hora em que começa a anoitecer para podermos contemplar de uma só vez a vista com alguma luz do dia e a transição para a vista nocturna. E a vista da Baía de Tóquio é absolutamente espectacular! Se a cidade de dia não tem grande encanto, ainda que seja muito interessante e não me importasse nada de lá ir todos os anos, à noite a profusão de flashes e néons é de cortar a respiração!!!  Tóquio - 10 (dez), Nova Iorque- 0 (zero). É que nem há comparação.







Uma das coisas que achei mais curiosas tanto aqui, na Torre de Tóquio, como nalguns armazéns e centro comerciais que visitei, foram as meninas de farda colegial cuja profissão consiste em estar de braços cruzados a dar as boas vindas quem passa. Qual será o cargo que vem referido no recibo de ordenado? "Técnica Superior de Acolhimento?" "Profissional do Sorriso"? E passando esta barreira de meninas, surge outra categoria igualmente  interessante, a das meninas do elevador que nos voltam a dar as boas vindas durante uns três minutos sem parar de falar e depois, plim, carregam num botão! "Técnica Superior de Pressionamento". E assim se impressionam os turistas, contribuindo para diminuir a taxa de desemprego no Japão. As estatísticas agradecem.

Mesmo ao lado da Torre de Tóquio fica o Templo Zojoji,
um dos maiores da cidade.

Para terminar as minhas impressões nocturnas sobre a cidade, falta apenas referir que desta vez fui três vezes sair à noite. Fui assistir a dois espectáculos de música ao vivo, um em Shinjuku Koenji e outro em Shibuya, e fui a uma discoteca em Roppongi. Os preços são um pouco mais caros do que em Portugal, mas não muito mais. Um bilhete para um concerto ronda os 45 euros. Gostei particularmente do concerto dos Deerhoof em Shibuya, mas estranhei imenso a forma contida como os japoneses se divertem. Se fosse em Portugal, estaria tudo eufórico, aos pulos, a dançar e a cantar as letras das canções. A gritar por mais e a vibrar com cada frase pronunciada pelos elementos da banda. Neste aspecto, achei os japoneses um público demasiado certinho. Um "estágio" em terras lusas só lhes ia fazer bem. Ainda assim, em Roppongi, estivemos à conversa com umas miúdas que pareciam fugir ao padrão e que nos confessaram o sonho de um dia poderem vir a Portugal para participar no Boom Festival.  


Os Deerhoof ao vivo no espaço WWW
A sala de espectáculos WWW em Shibuya

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