Passeio de Buggy de Jericoacoara até Tatajuba

O mar tem cores lindas e as praias são todas assim, monumentalmente grandes
e vazias. A água do mar é uma verdadeira sopa, sempre morna. Uma delícia!


Travessia de balsa do rio Guru
A entrada na área dos mangues secos.

Passei quatro noites em Jericoacoara, a duração perfeita para quem vista esta vila do Ceará uma vez que é ponto de partida para dois passeios diferentes de um dia inteiro. Os passeios são todos feitos de buggy porque, já deu para ver pelas fotos, não há estradas nas dunas nem nas praias. Isto faz com que nos sintamos ainda mais embrenhados com a Natureza. Junte-se-lhe um céu estupidamente azul pontilhado de nuvens brancas, um mar de águas cálidas que combina tons esmeralda e turquesa e os tons pastel da areia, e digo-vos que a combinação é magnífica! Esqueçam os filtros da máquina fotográfica, não vão precisar deles para nada.

Com a maré baixa, podemos trepar facilmente alguns dos mangues.
O cenário de raízes e ramos com formas estranhos é sinistro 
No local onde parámos havia redes de descanso e pessoas
a vender bebidas geladas. Os brasileiros sabem tudo quando
se trata de "bem bom" e é por isto que adoro visitar o Brasil.

Paguei 60 reais, cerca de 20 euros, por este passeio de dia inteiro, sem refeição incluída. Saímos do hotel de manhã por volta das 9h e o buggy já estava à nossa espera. Fomos apanhar duas brasileiras de S. Paulo que tenhamos conhecido na noite anterior e fizemos este e outros passeios sempre com a companhia delas. Depois de atravessarmos uma zona sinistra de mangue seco e dunas a perder de vista,  fomos conduzidos pela beira-mar passando por praias sem fim, todas vazias. Não me cansei de contemplar o mar que nunca tem uma só cor, alterando entre tons de verde e tons de quis consoante a hora do dia e a incidência da luz do sol. O nosso passeio incluiu ainda o famoso "skibunda" numa duna gigantesca, a travessia em balsa do rio Guru e uma refeição memorável de peixe fresco grelhado, com os pés na areia, de frente para o mar. 










Uma breve explicação sobre a descida e um empurrãozinho para ajudar.
A lagoa estava seca e, por tal, a experiência foi tudo menos refrescante...
Enquanto descíamos a encosta, um pouco mais ao lado, algumas pessoas
 já a subiam agarradas a uma corda que é a única ajuda existente.
Só desci uma vez...
Estava muito entusiasmada com a ideia de me estrear no "skibunda" mas infelizmente, devido à seca, havia pouca água na maior parte das lagoas e algumas estavam mesmo completamente secas. Noutras alturas do ano, a descida que vemos nas imagens acaba com um mergulho refrescante numa lagoa esmeralda que deve saber às mil maravilhas até porque, chegando lá abaixo, é preciso trepar a duna toda até lá acima sob um sol tórrido de quase 40 graus... Ah pois é. Seguramente, mais agradável se estivermos encharcados a pingar água. 

A barraca de praia onde fomos almoçar, isolada no meio do
nada e com uma praia imensa só para nós. Ah, vida boa!
A vista inspiradora da barraca de praia. Quando o peixe estiver pronto
avisem, ok? Vou só ali dar um mergulho e volto já!
Foi assim que o garçom nos apresentou o menu: pargo e corvina. Lindo, não é? 

O "peixinho" depois de cozinhado com temperos divinais.
Para acompanhar, apela da cerveja gelada e uma salada. Top!
A outra esplanada da barraca de praia.
A casa de banho onde NÃO fui...
De volta a Jeri, passámos algum tempo a apreciar os praticantes de kytesurf.
Na ponta do lado direito da praia, há algumas ondas boas
para a prática de surf. Mas o forte em Jeri é mesmo o
Windsurf e o Kytesurf.
Para terminar o dia em beleza, nada como ser fiel ao ritual local: ver o pôr do sol. Lindo e grátis!

O passeio foi magnífico, melhor só mesmo se a lagoa onde fizemos skibunda estivesse cheia de água. Mas tudo o resto foi perfeito, das paisagens à companhia das brasileiras que conhecemos, sem esquecer o peixe estupidamente fresco que comemos na praia acompanhados de banhos de mar. Sabem aqueles momentos da vida em que nos sentimos de alma cheia, a transbordar de alegria porque tudo parece perfeito? Este dia foi assim. Como dizem os brasileiros numa das minhas expressões preferidas dos nossos irmãos "Se melhorar, estraga!. E a nossa estadia em Jeri ainda só estava a começar.

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