Uma imagem típica. tudo agarrado aos seus telemóveis concha. Vi muito adulto com idade para ser meu avô a jogar no telemóvel. |
Outra imagem corrente, como se pode ver ao fundo e à direita, são as pessoas que usam máscaras para não pegarem as suas doenças a osoutros. |
Barreiras anti-suicídio. num país onde a taxa de incidência dá que pensar... |
As pessoas encostam-se sempre à esquerda, para dar passagem à direita a quem tem pressa. |
Um dos meus passatempos preferidos nos transportes era ver as modas. Esta, em particular, intrigava-me... Porque raio andam tantos rapazes com peluchinhos fofinhos pendurados nas mochilas? |
Aterrei no aeroporto de Narita às 8h30, fresca que nem uma alface porque tinha dormido cinco das 20 horas da viagem (e sem recurso ao amigo Xanax) e a adrenalina da chegada a um destino tão desejado estava funcionar como um shot de energia à prova de jet lag. Foram 12 horas de voo de Frankfurt para Tóquio, que se fizeram até muito bem, graças aos filmes, documentários, jornais e cusquice do avião, um A 310, novidade para mim. Depois de recolher a bagagem, estudámos as várias hipóteses de chegar ao centro da cidade de transportes públicos , já que os táxis são proíbitivos para longas distâncias. A escolha recaiu num combinado de comboio + metro. Uma hora e meia de viagem até Shinjuku, mais cinco minutos de táxi até ao nosso hotel, no bairro de Kabuki Cho, a "red light district" de Tóquio. O trajecto desde o aeroporto até quase ao centro da cidade não tem nenhum encanto especial. Os arredores da cidade são cinzentõe e algo caóticos, com imensas casas coladinhas umas às outras, sem nenhum sentido estético. O terreno em Tóquio e arredores é demasiado caro para deixar muito espaço livre entre as casas. Mas olhar para dentro das carruagens também é interessante. São bem visíveis vários exemplos de civismo que deixam saudades quando regressamos a casa. Ninguém fala ao telemóvel dentro dos transportes, para não incomodar o próximo. Ninguém deita lixo para o chão nem cola pastilhas elásticas aos bancos. E o melhor de tudo, ninguém anda sujo e andrajoso. As pessoas aparentam andar calmas, sem stress, arranjam-se bem e penteiam-se ainda melhor. Andam todas com um ar tranquilo, limpo e perfumado. Ora tudo isto, juntamente com a reduzida taxa de criminalidade deste país, ajuda, e muito, a criar uma sensação imediata de segurança e bem-estar. De facto, é uma pena o Japão ser tão longe e a língua ser uma barreira tão grande. Porque neste meu segundo regresso ao Japão, dei por mim, uma vez mais, a chegar a uma conclusão. Podia ser muito feliz a viver aqui.
Uma das perguntas que mais me fazem sobre o Japão, logo a seguir à pergunta top ("É tudo caríssimo, não?") é se nos conseguimos orientar bem nos transportes. Conseguimos sim, sem problemas. Todas as indicações, quer na rua quer nos transportes, estão escritas nos dois alfabetos, no deles e no nosso. E os japoneses sabem ler o nosso sem dificuldade. Para ajudar ainda mais, além dos mapas das paragens/estações bem visíveis em vários locais, tanto o metro, como o comboio e os autocarros usam avisos sonoros em japonês e em inglês a indicar a próxima paragem. São avisos bem engraçados porque são sempre acompanhados de agradecimentos ("obrigado" e "por favor" são palavras que nunca mais esquecerei como se dizem em japonês...)e de uma musiquinha que parece ter sido criada para adormecer bebés. E claro, em caso de dúvidas sobre como se chega a um certo local ou se precisarmos de confirmar se estamos no local certo ou no transporte certo, temos sempre as pessoas com quem nos cruzamos na rua para pedir ajuda. E a este nível, nunca conheci nenhum povo tão prestável! Conseguem imaginar um condutor de autocarro a sair seu lugar para ir mostrar a uns turistas a direcção que devem seguir para ir dar o local "x", deixando os passageiros à espera por uns breves segundos, sem que estes reclamem? Pois... bem me parecia.
Uma das perguntas que mais me fazem sobre o Japão, logo a seguir à pergunta top ("É tudo caríssimo, não?") é se nos conseguimos orientar bem nos transportes. Conseguimos sim, sem problemas. Todas as indicações, quer na rua quer nos transportes, estão escritas nos dois alfabetos, no deles e no nosso. E os japoneses sabem ler o nosso sem dificuldade. Para ajudar ainda mais, além dos mapas das paragens/estações bem visíveis em vários locais, tanto o metro, como o comboio e os autocarros usam avisos sonoros em japonês e em inglês a indicar a próxima paragem. São avisos bem engraçados porque são sempre acompanhados de agradecimentos ("obrigado" e "por favor" são palavras que nunca mais esquecerei como se dizem em japonês...)e de uma musiquinha que parece ter sido criada para adormecer bebés. E claro, em caso de dúvidas sobre como se chega a um certo local ou se precisarmos de confirmar se estamos no local certo ou no transporte certo, temos sempre as pessoas com quem nos cruzamos na rua para pedir ajuda. E a este nível, nunca conheci nenhum povo tão prestável! Conseguem imaginar um condutor de autocarro a sair seu lugar para ir mostrar a uns turistas a direcção que devem seguir para ir dar o local "x", deixando os passageiros à espera por uns breves segundos, sem que estes reclamem? Pois... bem me parecia.
Sem comentários:
Enviar um comentário