O meu regresso ao Japão!




Em meados de Abril de 2012, decidi que iria fazer uma viagem grande, para um local bem distante, algures entre Outubro e Dezembro. Começava então uma das melhores fases de qualquer viagem, a preparação. "Para onde é que hei-de ir?", perguntei-me então. As possibilidades eram mais que muitas e mudei de ideias algumas quinhentas vezes. Quando a liberdade de escolha é grande, a minha cabeça baralha-se... Mas sabia que queria ir para um local diferente, com um passado histórico relevante e, de preferência, que tivesse alguma ligação com a História de Portugal. A escolha acabou por recair na Índia e em cerca de duas semanas defini o programa para 15 dias de viagem, uma semana em Goa e outra em Kerala, com uma curta paragem em Bombaim. Agora só faltava estar atenta às newsletters da British Airways, da Air France, da KLM e da Lufthansa (recebo estas todas e ainda mais algumas) para apanhar um bilhete para Bombaim a bom preço, algo entre os 500 e os 600 euros. Um preço relativamente fácil de encontrar nas promoções destas companhias, se andarmos atentos. Fiquei à espera do tal preço-maravilha. Mas o tempo foi passando e os bilhetes não desciam dos 800. Continuei à espera de uma oferta mais tentadora, até que acabou mesmo por aparecer uma, mas ... para Tóquio! Já lá tinha estado há sete anos e meio atrás e, por sinal, tinha sido a viagem mais marcante da minha vida. Uma experiência inesquecível ao ponto de me lembrar dos nomes dos bairros por onde andei, dos nomes de algumas ruas, do nome de pratos típicos, do hotel, dos preços que paguei, enfim, como se estivesse lá estado há alguns meses atrás. Ou seja, andei uns dias a bater mal, sempre a pensar no número 600 que se afigurava, cada vez mais, como uma possibilidade com tudo para se tornar real. Dei por mim a devorar informação sobre o Japão: festividades de Outono, gastronomia, vilas históricas ao alcance dos comboios da companhia JR.... Percebi que estava em pulgas para lá voltar! Uns cinco dias depois de receber a newsletter da Lufthansa, fui fazer simulações de preço e confirmava-se a suspeita. Ainda havia lugares a 600 euros. E um belo dia cheguei a casa radiante e gritei com os bilhetes na mão e um sorriso do tamanho do mundo: "Vamos outra vez ao Japão!!!". A Índia pode esperar.



2 comentários:

  1. Li todos os seus posts de ir ao Japão e adorei viajar consigo! Vou ao Japão daqui a uns dias e tem sido interessante ler a sua viagem, obrigada por partilhar! Apontei muitas coisas para visitar, algumas terão de ficar talvez para outra altura!

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    1. Olá Catherine, não conheço ninguém que não tenha adorado o Japão. E quero muito lá voltar na época das cerejeiras em flor. É um destino único. O choque cultural é inevitável, mas o embate é mais que positivo. E depois, para ajudar, as pessoas são muito prestáveis, é um país seguríssimo e a gastronomia é maravilhosa. Depois conte como foi, até porque pode ir visitar locais onde não estive. Boas férias!

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